sábado, 12 de maio de 2012

Bicicross - Capítulo Final

Após a última etapa, me veio à mente as lembranças da Etapa de Contagem, onde, à pedido de um competidor e da mãe dele, fomos à comissão organizadora solicitar a alteração no resultado da etapa, pois, na verdade, minha posição correta era a quarta colocação e a do competidor a terceira. Devido a um erro de anotação, eles tinham invertido nossas posições.

Para completar, eu fiquei em sétimo lugar geral e somente os 6 primeiros colocados iriam para a disputa do Campeonato Brasileiro, que ocorreria em dezembro no Rio Grande do Sul. Ah! Uma pedalada para quem adivinhar quem ficou na sexta colocação? :) Pois, se pensaram no competidor da etapa de Contagem, vocês acertaram.

Bem, se soubesse que aquela alteração de posição iria acarretar nesta perda de oportunidade para disputar o campeonato brasileiro, certamente eu... teria tomado a mesma atitude daquele dia: iria solicitar a troca, pois era o correto a ser feito.

Como recompensa, além da satisfação de ter corrigido um erro, pude intensificar meus estudos para a prova de admissão do curso de Informática Industrial do CEFET-MG, o que me fez ser aprovado e realizado um sonho meu. Se tivesse classificado para a disputa do brasileiro de bicicross, certamente não teria estudado o necessário para poder passar nesta prova.

Após a última prova do mineiro de bicicross, parei de competir, principalmente porque os estudos não me deixavam tempo para treinamentos.

Foi uma fase muito boa da minha vida. Conheci muita gente legal, várias cidades, ganhei competições. Enfim, valeu à pena!

Ah! Nesta foto ao lado eu sou o biker mais à esquerda e os outros dois são meus irmãos. Estes eram nossos uniformes e bikes!

Pedalei!
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Bicicross - Etapa Final

Equipe Albatroz na Pista do Mineirinho
Foto: Wilson Brandão
A última etapa do campeonato mineiro ocorreu na pista do Mineirinho, em Belo Horizonte. Pista muito técnica e boa para se correr.

Estava em sétimo no campeonato e teria que marcar pelo menos 3 pontos para ficar em sexto. Para 'melhorar' minha situação, nas baterias de classificação para a final, fiquei junto com o líder do campeonato e o vice-líder, meu colega de equipe, conhecido como Chocolate. Teria que superar um dos dois para ir à final e conseguir marcar pontos.

Na primeira das três baterias que disputaríamos, ao disputar a primeira curva, fui fechado por um competidor e tive que abrir a trajetória o que acabou jogando para fora da pista o líder e outro concorrente. Comecei a pedalar forte, pois estava em segundo e, se conseguisse chegar em primeiro, certamente iria me classificar. Neste momento, o Chocolate, que estava em primeiro, diminuiu o ritmo, me mandou ultrapassá-lo e ficou falando para que eu acelerasse e pedalasse mais forte, para chegarmos nas duas primeiras colocações. Conseguimos! Eu em primeiro, ele em segundo e o líder em quarto.

Não prezado leitor, o Chocolate não estava fazendo jogo de equipe ou mesmo me retribuindo algum favor. Era simplesmente estratégia. Para ser campeão, ele precisava, no mínimo, ficar em segundo nesta última etapa, desde que o líder não marcasse ponto. Se nós dois classificássemos, metade do trabalho estaria pronto, com o líder ficando de fora da final.

Ao final da terceira bateria, nosso objetivo tinha sido conquistado. Nos classificamos. Entretanto, o líder não tinha percebido nossa estratégia, pois achava que ele tinha se classificado e eu tinha ficado de fora. Ao contar-lhe o resultado da primeira bateria, que ele acreditava ter sido vencida pelo Chocolate, ele compreendeu tudo e 'a ficha caiu'. Mudou instantaneamente de um semblante feliz para uma cara de choro e disparou a chorar. Me afastei dele e comecei a rir da cena ocorrida. Me sentia vingado pela estória que ele tinha inventado sobre mim na etapa de Ipatinga. Relatei o ocorrido para meu colega. Ele também riu, pois seu plano estava dando certo e tinha chances reais de ser campeão.

Nas baterias finais, o líder ficou próximo à pista, sentado e chorando. Nem observava as corridas.

Apesar de termos nos esforçado ao máximo, não conseguimos atingir nossos objetivos finais. Eu conquistei somente 2 pontos e o Chocolate não conseguiu uma boa colocação, ficando como vice campeão. Ao saber que tinha sido o campeão mineiro, o líder abriu um sorriso iluminado e estampou no seu rosto aquele ditado: "Quem ri por último, ri melhor!"

Pedalei!
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Bicicross - Tombos Espetaculares

Se tem um ensinamento que um competidor de bicicross deve aprender é como saber cair. Neste esporte, os tombos são inevitáveis: um aterrisagem de um pulo de rampa mal feita, um competidor que lhe empurra, uma curva mais fechada do que o previsto, alguém caindo bem a sua frente... Motivos não faltam para que você venha tomar um tombo!

Era raro não cair pelo menos uma vez por semana. Como treinava quase que diariamente, tombos eram normais. Pelo menos nunca tomei um muito sério que viesse a me fraturar, mas sempre tinha machucados de ralamentos e também uns hematomas! :)

Em dia de competição, os tombos também participavam! :) Vi muitos, mas me lembro muito bem de duas situações inusitadas, ocorridas na mesma pista. Uma eu participei, outra aconteceu com um colega de equipe.


Na situação com meu colega, ocorreu o seguinte: tinham dois bikers disputando a primeira posição, quando, na penúltima rampa, anterior à última curva, um deles caiu. Meu colega que vinha na terceira posição, passou pela rampa e se deparou com o biker caído. Numa atitude de puro reflexo de um atleta bem treinado, conseguiu evitar o choque, puxando a bicicleta e fazendo com que ele passasse acima do ciclista caído. Acabou perdendo posições, pois não teve como fazer a curva adequadamente, mas todos que presenciaram a cena o aplaudiram.

No meu caso, foi diferente. Larguei junto com mais 4 ciclistas para a disputa de uma bateria de classificação. Estava à direita de todos. Ao passar pela primeira rampa, acabei errando, me desequilibrando e caindo para a esquerda. Pronto, após este tombo, chegarei em último, pensei na mesma hora em que me levantava. Só que, para minha surpresa, ao cair para o lado esquerdo, acabei gerando um "dominó lateral", fazendo com que todos caíssem. Peguei o mais rapidamente minha bike e tive que desentortar o guidon, alinhando-o com a roda. Dois dos atletas já tinham aberto vantagem, mas ainda consegui chegar na frente dos outros dois que estavam na bateria. Infelizmente acabei não conseguindo a classificação para a final, mas valeu o esforço para chegar em terceiro! :)


Pedalei!
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Bicicross - Etapa Ipatinga

A viagem para Ipatinga tinha sido bem legal. Foi a maior distância que percorremos para disputar uma prova do Campeonato Mineiro.

A equipe conseguiu ficar num lugar muito bonito, na Área de preservação ambiental da Usipa: tinha um ginásio poliesportivo, um mini-zoológico em volta e alojamentos simples mas muito funcionais, trilhas, piscinas e muitas outras coisas interessantes.

Após nos acomodarmos, fomos procurar um restaurante para almoçarmos, pois já passava de 13 hrs. Sem muitas opções, acabamos almoçando num lugar bem simples, mas que servia um PF (prato feito) excelente. Talvez a fome tenha feito ele ficar mais gostoso ainda.

O próximo local visitado foi a pista (ver foto ao lado, infelizmente também abandonada atualmente). Era uma pista com dois traçados: para as categorias de idades mais baixas, era um traçado mais simples, com uma extensão menor. Para as categorias de bikers mais experientes, a pista era longa e com rampas em descidas, fazendo com que o salto ficasse perigoso e com uma subida bem forte na parte final.

Minha categoria corria pela pista mais simples. Não me aventurei a pular nas rampas existentes na descida, pois fiquei com receio de cair ou mesmo estragar a bike e não poder participar no outro dia.

No domingo, durante a prova, lembro-me de estar conversando com um competidor da minha categoria, que inclusive era o líder do campeonato, e comentei com ele sobre a rixa que tinha com um outro competidor, da minha equipe. Tínhamos até quase brigado uma certa vez, tendo sido separados por outros da equipe. Cheguei a comentar com ele: "Estou torcendo para o Rodrigo (o rival da minha equipe) não se classificar para a final. Quem sabe ele não cai e fica de fora?"

Acabei indo para a final e o Rodrigo também. Não fomos bem na disputa, mas não me lembro das nossas posições.

Durante o retorno para BH, percebi que tinha algo estranho. Meu rival começou a falar comigo em tom agressivo e outros colegas me olhavam com raiva. Não estava entendendo nada, até que um deles me questionou, dizendo se eu achava certo pedir para outro competidor derrubar um colega de equipe. Aí que fui entender: o biker que conversou comigo, foi falar para o meu rival que eu tinha pedido para que o derrubasse durante a prova, para que ele não se classificasse.

Falei que era mentira e que não tinha pedido nada para ele. Como já tínhamos uma rixa e outros da equipe sabiam disso, preferiram acreditar no outro cara, infelizmente.

Depois deste acontecimento, fiquei marcado negativamente na equipe, fator que contribuiu para desistir de continuar a competir no ano seguinte.

Pedalei!
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Bicicross - Uniforme da Albatroz

Desde que comecei a treinar com a equipe Albatroz que falavam sobre a camisa de mangas longas que seria feita e distribuída para os integrantes da equipe. Teria direito à camisa aqueles que treinavam e participavam das competições. Eu fazia as duas coisas, portanto, com certeza, ganharia a camisa.

Depois de alguns meses, as camisas ficaram prontas e decidiram que seriam entregues numa prova que ocorreria no domingo seguinte. Esta prova (que não era uma competição de bicicross) seria disputada entre estradões de terra e trilhas, com largada em Pará de Minas e chegada em Betim.

Ainda não tinha pedalado uma distância tão grande quanto esta. Comecei a ficar com vários receios: e se a bike estragasse? E se o pneu furasse? E se eu caísse e me machucasse? E se chovesse, tendo muita lama? Como faria para chegar se alguma destas coisas ocorressem? A distância era bem grande...

Continuava em dúvida, até que acordei cedo (por volta das 6 da manhã) no domingo e estava chovendo muito forte. Certamente adiariam a prova. Voltei a dormir. Lá pelas 10 hrs, acordei novamente e vi que o sol brilhava. Será que a prova tinha acontecido?

Biker marcado com a seta vestindo a camisa da Albatroz
Foto: Wilson Brandão
Sim, a disputa, mesmo com chuva, ocorreu. Fiquei sabendo no outro dia, durante o treinamento da equipe. Também fiquei sabendo de outros detalhes: além de levar a equipe, um destes caminhões menores foi disponibilizado para recolher a turma que se machucava ou que a bike estragava. Quem foi disse que tinha sido excelente! Uma das melhores competições que já tinham participado. Também foram distribuídas as camisas para o pessoal da equipe e, pelo que fiquei sabendo, para outras pessoas e ciclistas, que não treinavam, mas eram conhecidos do treinador.

Resumo da história: perdi a prova, perdi a camisa, pois todas foram entregues e acabei ficando decepcionado comigo (por ter sido vencido pelos receios) e, principalmente, com o treinador, que não teve a mínima consideração com aqueles que eram da equipe e não foram naquela disputa. Certamente tínhamos mais direito do que seus amigos.

Desta vez, Não Pedalei! :)
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Bicicross - Etapa Contagem

A etapa de Contagem está entre as etapas que mais me recordo, durante a disputa do Campeonato Mineiro.

A pista (veja foto ao lado), localizada no Parque Fernão Dias, era muito boa, bem veloz, curvas fechadas e uma rampa que possibilitava pularmos muuuuito alto. Por esses fatores, ela exigia bastante técnica do biker. Pena que, pelo que pude apurar, está abandonada.

No dia da etapa do campeonato estava chovendo muito. Talvez esta condição foi a causa de ter menos competidores do que o de costume. Não tanto para a minha categoria, que estava quase completa :(.

Diferente da maioria das pistas, esta permitia 8 atletas competir ao mesmo tempo. Entretanto, na final, somente 6 recebiam pontuação.

Já estava preparado, tendo inclusive feito aquecimento, quando aguardava minha vez de competir na bateria classificatória. Minha bike estava encostada num mourão, enquanto tentava obter informações e ver como estava a pista. Num dado momento, verifiquei que minha bicicleta tinha caído. A princípio, fiquei bravo e fui levantar a bike. Quando a levantei, percebi que o que tinha feito ela cair foi uma peça quebrada. Esta peça se localizava dentro do cubo central e ligava um pedivela ao outro. Era uma peça nova, pois eu a tinha instalado há pouco mais de uma semana. Ainda bem que quebrou antes da prova. Se isto tivesse acontecido durante uma corrida, no mínimo, me machucaria muito.

Infelizmente não daria para consertar minha bike a tempo de competir. Procurei outros integrantes da equipe e acabei conseguindo uma bike emprestada, de um colega de outra categoria mais abaixo (ele era mais novo), que não teria que disputar a fase classificatória, pois não tinha 8 competidores em sua categoria.

Tinha um porém: era um Monark, bem diferente da minha Caloi Extra Light. De qualquer forma, era minha única chance. Não teria tempo nem para fazer um teste, pois já estava quase na hora da minha bateria.

Na largada eu fiquei na turma intermediária, perto dos líderes. Como não estava acostumado com a bike, adotei uma estratégia menos arriscada. A lama acabou me ajudando, pois fazia com que todos reduzissem a velocidade. Terminei bem colocado as três baterias de classificação e consegui ir para a final, o que, em várias etapas, com a minha bike, não consegui :).

Adotei a mesma estratégia (menos velocidade, mais segurança) na final e acabei terminando em quarto. Estava bem feliz, em vista de tudo que tinha acontecido, esta posição era excelente!

Fui assistir a premiação. Nesta etapa, além do troféu, os três primeiros ganhariam um par de pneus. Normalmente faziam a chamada de forma invertida, do terceiro para o primeiro. Fiquei surpreso ao ser anunciado como terceiro colocado. Será que eu tinha calculado errado? Algum atleta tinha sido desclassificado ou perdido alguma posição?

Fui lá receber meu troféu e o par de pneus. Estava mais feliz que os outros dois (primeiro e segundo) premiados.

Saindo da área da premiação, me dirigi ao caminhão da equipe, para me aprontar para a volta. Ainda não acreditava que tinha ficado com a terceira posição. Uns 10 minutos depois, entendi tudo. Apareceu um competidor junto com a sua mãe e me explicaram: tinham anotado incorretamente nossas posições. Numa bateria que cheguei em quinto e ele em terceiro, inverteram nossas posições. Sua mãe pediu que eu me dirigisse, junto com eles, até a direção da prova, para que eu confirmasse o erro e eles corrigissem as posições.

Poderia ter dito que a anotação da ordem de chegada estava correta e que nenhum erro tinha acontecido, mas, no fundo, sabia que deveria fazer o certo e ir corrigir este engano. Ganharia uma pontuação menor no campeonato e perderia, além do troféu, o par de pneus, mas ficaria tranquilo comigo mesmo, sabendo que fiz a coisa certa.

Fomos lá corrigimos a situação. Como prêmio pelo meu gesto, a mãe do competidor me ofereceu o par de pneus, pois seu filho já tinha outros e não precisaria daqueles. Como eu estava precisando, aceitei e agradeci.

Acreditava que este equívoco tinha terminado por alí, mas ele ainda teve consequências que depois contarei...

Pedalei!
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Bicicross - Campeonato Mineiro

O motivo da nossa equipe treinar muito era formar uma equipe forte para disputar o Campeonato Mineiro e, com bons resultados, classificar vários atletas para a disputa do Campeonato Brasileiro que ocorreria no final do ano.

O Campeonato Mineiro seria disputado em várias etapas, em várias cidades: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ipatinga, Sete Lagoas.


O ciclistas eram divididos em categorias, normalmente um ano por divisão: Infantil (A, B, C, D), Juvenil (A, B, C, D) e Master (A, B, C, D). A Master-D englobava os bikers com 18 anos ou mais.


Para algumas categorias, a competição era bem mais acirrada, pois tinha muito atleta disputando, fazendo com que houvesse disputa de eliminatórias para participar da final de cada etapa.


Normalmente as pistas comportavem 6 bikers por vez. Minha categoria, para minha 'sorte', costumava ter uma média superior a 20 atletas por etapa. Ou seja, mais de 3 disputando vaga para a final, onde se conquistava os pontos e, desta forma, a possibilidade de ganhar troféus, medalhas e alguns prêmios.
Em breve postarei relatos de algumas etapas.
Pedalei!
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Bicicross - Treinamentos

Havia dois tipos de treinamentos que eram dados pelo técnico da Equipe Albatroz:
  • Técnico e
  • Físico e de Resistência.
O treinamento Técnico ocorria na própria pista de bicicross. Treinávamos a largada, a primeira parte do circuito e a segunda parte, junto com o sprint final (velocidade máxima para cruzar a linha de chegada). Estes treinos nos permitiam conhecer bem a pista e aprender técnicas para disputar competições. Algumas vezes íamos para outras pistas, em outras cidades para treinarmos, mas isso era mais raro. Nestes treinamentos a maioria da equipe aparecia, pois era o preferido de todos.

O treinamento Físico e de Resistência acontecia, normalmente, no Horto Municipal (foto ao lado; regiões marcadas de amarelo) e nas regiões próximas. Fazíamos uns alongamentos, uma corridinha de aquecimento e saímos para pedalar por ruas próximas, geralmente desertas, com subidas e descidas bem fortes. Às vezes íamos para um local mais longe, com subidas e descidas nem tão íngrimes, mas onde pedalávamos por vários quilômetros, treinando nossa resistência. Nestes treinamentos a maioria da equipe não comparecia, mas ajudavam a fazer uma boa diferença para aqueles que participavam deles.

Bem, certamente estes treinamentos nos faziam ter um diferencial entre os outros competidores, pois nossa equipe sempre teve bons resultados e vários campeões!

Pedalei!
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Bicicross - Início

Pode-se dizer que a paixão pelo bicicross começou quando ganhei a Caloicross. Procurava rampas para pular, terrenos para construir pistas, fazia acrobacias com a bike e curtia muito tudo isso.

Quando construíram uma pista no centro de Betim, comecei a frequentá-la. Mas a bike era muito pesada e não tinha como competir com outros garotos da mesma idade.


Pista de Bicicross em Betim
Com a chegada da Caloicross Extra Light, tudo mudou. Passei a treinar na pista e, às vezes, levava meu mano de carona e treinávamos juntos. Ficava imaginando que um dia seria entrevistado por um jornalista, após ganhar um campeonato, e contaria como tudo tinha começado... Bem, nunca ganhei este tão sonhado campeonato, mas, pelo menos, estou contando para mais pessoas, através do blog :).

Fiquei sabendo que a Prefeitura tinha criado e estava patrocinando uma equipe de bicicross, a Equipe Albatroz de Competição, e que eles estavam abertos à inscrição de mais atletas. Lembro-me de ter participado de uma reunião e, logo em seguida, começamos (eu e meus dois irmãos mais novos) a treinar com os outros garotos e rapazes. Nossos pais até compraram roupas especiais para a prática do bicicross. Pouco tempo depois já competíamos.

Esta foi uma fase bem legal da minha vida de biker. Aos poucos, vou contando algumas histórias deste período.


Pedalei!


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sábado, 5 de maio de 2012

Pedalando na Adolescência - Betim - Segundo Aviso

Outro caminho para o centro
Um outro jeito de ir para o centro era através de um descida (veja foto ao lado) moderadamente íngrime no início e mais forte no seu final, onde o término era numa avenida com quatro pistas (duas para cada mão de direção). Esta avenida era e continua sendo uma das saídas da cidade, na época, a preferida de caminhões para entrarem na BR-262 em direção a Belo Horizonte. Também trafegavam motos, carros e caminhões por ela. A mão de direção quando eu cruzava a avenida era uma subida forte, por outro lado, a mão de direção que eu entrava era uma descida bem inclinada.

Tinha um semáforo na esquina entre a rua que descia e a avenida. Normalmente, tentava calcular o tempo para poder passar com ele verde (pedalando mais forte ou freiando um pouco). Era muito bom quando chegava embalado no final rua, com o sinal verde, e deitava a bike para fazer a curva e pegar a avenida.

Entretanto, não era raro este sinal estragar. Nessas ocasiões, a preferência era de quem trafegava na avenida. Bem, para não perder o embalo e passar para a outra pista, costumava chegar no final da rua e me concentrava para tentar escutar o barulho de algum veículo vindo pela avenida. Quando escutava, freiava imediatamente.

Ainda não tinha passado por nenhum susto, até o dia em que descia bem embalado, com o corpo abaixado sobre a bike para diminuir a resistência do ar e obter mais velocidade. O sinal estava estragado e eu tentava escutar algum sinal de veículo aproximando. Se não escutasse, atravessaria a avenida naquele embalo. Não sei se me distraí ou se, empolgado com a velocidade, não prestei a atenção devida. O certo é que, segundos antes de atravessar, tive a sensação de ter escutado uma ordem: Freie!!! Nem pensei. Foi imediato o ato de freiar. Tive que fazer um cavalo de pau para conseguir parar, ficando no sentido oposto da minha descida, quando um caminhão passou pela avenida. Certamente não estaria aqui fazendo este relato, se não tivesse freiado. Fiquei ali parado por alguns segundos, tentando entender o que aconteceu.

Deste dia em diante, mudei meu comportamento ante a cruzamentos sem sinalização e sem semáforo. Até mesmo quando o sinal está aberto, mas estou cortando uma avenida movimentada, evito passar à toda velocidade, com receio de algum veículo furar o sinal vermelho e me atropelar.

Bem, foi este meu segundo aviso. E, por sinal, bem eficiente!

Pedalei! :)
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Pedalando na Adolescência - Betim - Dois Avisos

Usava muito a bike como meio de transporte: ir para o colégio, casa de amigos, fazer compras, enfim, um meio barato e prático para me locomover.

Nessa época, gostava muito de pegar carona em ônibus, caminhões e caminhonetes. Às vezes segurava com a mão, outras com o pé. Era muito arriscado, mas também muito emocionante e ajudava a economizar esforços :). O local mais perigoso e emocionante era no final de uma subida, na BR-381 e que virava uma reta quase plana, passando por um viaduto. Os caminhões atingiam fácil os 80 km/h no final deste trecho. E, quando eu pegava carona, também! :) Graças a Deus nunca aconteceu nada!

Posso dizer que tive dois avisos, sendo que o segundo me fez de fato mudar minha forma de dirigir (pilotar?) a bike.

Caminho para o centro
A rua que passava em frente minha casa, na direção de quem ia para o centro, era uma descida que começava suave e ficava bem forte no final. Normalmente, quando ia nesta direção, ao final da rua, virava à direita e depois à esquerda, inclinando a bike, como os pilotos de motos de corrida e, geralmente, sem freiar! Detalhe: neste trecho que eu passava após o final da minha rua, era uma outra rua de asfalto, por onde regularmente passavam carros.

Numa tarde, ao chegar ao final da rua, embalado, deitei o corpo para fazer a curva à direita e vi um carro que estava vindo na outra rua em sentido contrário. Quando ele me viu, para minha sorte, estava em baixa velocidade e parou o carro. Eu não tinha muito o que fazer. A colisão era inevitável e certamente iria "atropelar" o carro. Voltei a bike para a posição vertical, fiquei em pé e me lembro de colidir com carro. Em seguida, lembro-me de estar sentado e chegando ao meu lado o motorista do veículo. Não sei como foi que caí. Acho que dei uma pirueta antes de chegar ao chão e cair sentado.

O motorista me perguntou se estava tudo bem, se tinha me machucado ou mesmo fraturado alguma parte. Minha canela doía bastante e sangrava um pouco, mas nada insuportável. Falei que estava tudo bem e agradeci pela preocupação e por ter parado o veículo. Ele, preocupado, decidiu que me levaria em casa. Colocou minha bike no porta malas e fomos embora.

Ao chegar na minha casa, contou o ocorrido para minha mãe e se prontificou para poder ajudar, caso fosse necessário. Graças a Deus nada de grave aconteceu. Ah! A única coisa que sofreu danos foi a placa dianteira do carro, onde provavelmente o pedal da bike bateu.

Este foi o primeiro aviso, mas não o suficiente para mudar meu jeito de pedalar. Exceto na descida de casa, que comecei a freiar no final dela, depois disto.

O outro aviso deixo para uma próxima postagem.

Pedalei!
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Pedalando na Adolescência - Betim - Fuga e Nova Bike

 Não me lembro muito bem das circunstâncias, somente me recordo que, por algum motivo, num dia que tive vontade de fugir de casa (acho que quase todo adolescente já teve este tipo de pensamento pelo menos umas cem vezes :), peguei uma mochila, coloquei algumas roupas, escova de dente, pasta dental, algumas frutas, um pouco de dinheiro e água. Peguei a bike e decidi pedalar sem rumo.

Era início de noite e, sem idéia de onde poderiar ir, acabei me dirigindo a um fliperama. Fiquei lá assistindo o pessoal jogar e pensando para onde iria. Num dado momento, um rapaz me perguntou se a bike azul parada na frente do fliperama era minha. Ela estava bem limpa e com os raios brilhando em virtude de uma 'geral' que tinha dado nela dias antes. Confirmei e perguntei o motivo do questionamento. Ele gostaria de comprá-la e questionou-me o preço. Na hora eu falei um preço que seria quase dois terços de uma nova, pois não queria vendê-la. Só que ele gostou do preço e me perguntou quando poderíamos fechar negócio ! :)
Caloicross FreeStyle Light

Acabei desistindo de fugir e voltei para casa. Na minha cabeça a dúvida: se vender a bike, não terei como comprar uma nova. Mas o preço estava tão bom e eu já estava de olho em uma outra melhor... Conversei com meu pai, no dia seguinte, e ele disse que me ajudava a comprar a nova. Pronto! Entrei em contato com o comprador e fechamos o negócio. No outro dia, com a grana da venda e do PAItrocínio :), comprei a minha nova: Caloicross FreeStyle Light. Foi um upgrade significativo na minha carreira de bicicross!

Esta história da fuga (que não aconteceu) eu não tinha revelado para ninguém, até hoje! :)

Pedalei!

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Pedalando na Adolescência - Betim - Grupos 4

O relato de hoje é sobre uma aventura que terminou, literalmente, nos ares e, também, em muita 'falação na orelha' :)

Estava no início de uma tarde de sábado, quando meu irmão caçula, junto com dois amigos, me chamaram para ir com eles até a barragem da Várzea das Flores (foto ao lado), local bem distante da nossa casa. A idéia deles era ir até lá pedalando e aproveitar para nadar no lago formado pela barragem. Como eles eram mais novos, com idades entre 11 e 12 anos, na época eu tinha 15, resolvi ir, pela aventura e para tomar conta deles.

A tarde estava ensolarada e começamos a pedalar em direção à barragem. A idéia de 'matar' o calor nadando em uma água fria era como se fosse um prêmio! Quando estávamos perto, o tempo mudou e começou a ventar, ficando nublado em seguida. Depois de cerca de uma hora e meia nós chegamos.

Começamos a pedalar ao redor da lagoa, na intenção de encontrarmos um bom lugar para nos refrescarmos. Acabamos encontrando um local onde havia um bom número de pessoas e resolvemos descansar e observar o local.

Havia uma pista onde um ultraleve decolava e aterrisava num intervalo de uns 20 min. Próximo do final da pista, tinha uma fila com uns 4 meninos. Fui conversar e descobri que era fila para andar no ultraleve. O piloto não cobrava nada. Era só esperar a vez. Não pensei duas vezes. Falei para meu irmão e seu amigos não se afastarem do local, pois eu iria esperar minha oportunidade para voar de ultraleve. Tinha 3 na minha frente. Então teria que esperar cerca de uma hora. Só que um acabou desistindo e cerca de meia hora depois tinha chegado minha vez.

Cumprimentei o piloto, coloquei o capacete, sentei e travei o cinto de segurança. O ultraleve começou a taxiar pela pista, se preparando para decolar. Eu tinha deixado minha bike com meu irmão e o procurava com o olhar, enquanto a aeronave começa a adquirir velocidade. Nesse momento, vi um cachorrinho pinscher idêntico ao nosso. Era quase não impossível não ser ele. Continuei a olhar e vi meu outro irmão mais novo que não tinha vindo com a gente. No momento em que vi minha mãe, o ultraleve decolou e ganhamos o céu. :) Devemos ter sobrevoado a lagoa numa altura de uns 100 m e durante uns 15 min. A paisagem era fantástica. O vento no rosto uma delícia. Foi inesquecível.

Aterrisamos sem nenhum tipo de problema. Ao sair do ultraleve e ir em direção minha mãe, já comecei a escutá-la falando sobre irresponsabilidade, falta de segurança, perigo de vida e tudo do gênero. Colocamos as bikes no carro (uma belina verde) e viemos embora. Mais falação! Mesmo assim, valeu a pena e faria tudo novamente, se fosse possível! :)

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Pedalando na Adolescência - Betim - Grupos 3

Cicloviagem é o termo que usamos quando um ciclista ou um grupo de ciclistas viajam utilizando a bicicleta como meio de transporte.

Me lembro de duas mini cicloviagens que fiz junto com amigos.


Em uma delas, fomos em direção a Esmeraldas, cidade localizada próxima a Betim. Eu não tinha uma bicicleta adequada para 'cicloviajar' (estava com a caloicross extra light) e nem fizemos qualquer tipo de preparação. A idéia era sairmos pedalando até um ponto que batesse o cansaço e depois voltaríamos. Saímos no meio de uma manhã de sábado ensoralada e o calor era intenso. Fomos curtindo a paisagem até chegarmos, após umas duas horas pedalando, em um sítio pertecente a um grupo Hare Krishna, onde paramos para conhecê-lo. Nos ofereceram água e algumas frutas. Passeamos pelo local, descansamos um pouco e retornamos. Foi uma pedalada bem prazerosa, sem qualquer tipo de problema.

A outra mini cicloviagem foi em direção a Contagem. O objetivo era apenas chegar pouco depois da divisa entre os municípios e retornar em seguida. O perigo era bem grande, pois pedalaríamos por uma estrada federal (BR-381) extremamente movimentada. Durante o caminho 'pegamos' chuva, mas continuamos em frente. Chegamos a Contagem, após mais de uma hora de pedalo. Procuramos um posto para descansarmos e tomar um pouco de água, antes de retornarmos. A volta foi tranquila, mas uns dois tiveram os pneus da bike furados. Felizmente, foram somente estes problemas que tivemos. No fim da tarde, já estávamos chegando no nosso bairro.

Sobre cicloviagem, seguem links interessantes:

. Fotos Legais relativas a bikes estranhas e assuntos gerais
. Cicloviagem de Florianópolis(SC) a Ourinhos(SP) : relato bem legal de uma longa cicloviagem
. Caminho da Fé
. Caminho da Luz
. Circuito Vale Europeu
. Estrada Real
. Pedarilho
. Pedarilhos

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Pedalando na Adolescência - Betim - Grupos 2

Estava junto com alguns colegas, numa manhã de sábado, quando decidimos procurar alguns lugares legais para pedalar. Pedalamos pelo bairro e não achamos nada interessante: queríamos pular rampas, passar por trilhas.

Decidimos ir em direção a um local mais afastado, não muito longe do nosso bairro. Ainda não tínhamos encontrado nada interessante, até nos depararmos com um caminho que passava por uma descida bem íngrime. Inicialmente fiquei com receio, pois parecia que a descida era muito complicada e, quem se aventurasse por ela, poderia cair. Esse receio terminou rapidamente, pois já tinha alguns colegas descendo.

Iniciei a descida. Foi ótimo! Adrenalina correndo nas veias :), com a possibilidade de cair, mas com o vento no rosto e a sequência de saltos durante o percurso. Gostei tanto que queria repetir, mas o grupo já estava pedalando em direção a outras trilhas.

Encontramos outros caminhos legais naquela região em que estávamos, mas nenhum parecido com aquele primeiro.

Aquela foi a primeira trilha que fiz. Gostei muito e veio daí minha paixão por boas trilhas!

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pedalando na Adolescência - Betim

Morei até os 10 anos em Conselheiro Lafaiete-MG. Quando estávamos prestes a mudar para Betim-MG, minha caloi Berlineta foi vendida e o dinheiro usado, com adição de uma quantia substancial :), para comprar uma caloicross. Quando a ganhei, já estava morando em Betim.

Nessa época, comecei a curtir uma nova forma de usar uma bicicleta: praticar bicicross. Procurava rampinhas pela vizinhança (chegamos até a fazer uma míni-pista num terreno baldio) para ficar saltando, curtia pedalar por trilhas e iniciei uma paixão por treinar bicicross, visando participar de competições.

Pista de Bicicross de Betim
A pista de bicicross foi construída no centro da cidade, bem distante de onde morava. Como somente eu tinha uma caloicross, quando eu e meu mano Paulo íamos treinar, nas descidas e retas, ele ia de carona na bike. Nas subidas, ele ia andando :). Como o bicicross foi uma etapa importante e marcante da minha 'vida de biker', postarei casos específicos para este tópico.


Não fiquei muito tempo com a caloicross, pois, num dia de compra mensal no "Makro", meus pais chegaram em casa com duas novas bikes, duas Caloicross Extra Light, uma vermelha e uma azul. Achei que seriam para meus dois irmãos, mais novos, que não tinham bicicleta. Entretanto, meus pais tinham estabelecido um critério: a ordem de escolha das bikes seria pelas melhores notas no colégio. Desta forma, fui o primeiro a escolher :) e optei pela Extra Light Azul, passando a caloicross para o caçula. Foi como mudar da água para o vinho! Além de mais bonita, era bem mais leve, devido a existência de várias partes de alumínio. Foi um 'upgrade' na minha carreira de biker :), me incentivando a praticar o bicicross mais a sério e começar a usar a bike como meio de transporte.

Pedalei!
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Pedalando na Infância - A Queda

Esta é outra das lembranças que tenho da minha infância e que me marcou, literalmente, para o resto da vida.

Era um sábado de sol. Morava em Conselheiro Lafaiete-MG e já curtia pedalar com a Berlineta pela cidade. Lembro-me que pedalava acompanhado de um amigo, quando fizemos um ótimo achado: a avenida que ligava a parte de cima à parte de baixo da cidade, toda asfaltada, estava interditada para carros, pois estava acontecendo uma gincana de motos. Gostava muito de descer esta avenida de bike, onde chegava a uma velocidade de cerca de 60 km/h. Começava com uma descida forte, seguida de uma rotatória (vencida com uma inclinação estilo moto de corrida) e uma reta com uma descida não muito íngrime (veja mapa ao lado).

Como estava interditada para carros, não correríamos os riscos que existiam quando tinha o trânsito diário. A idéia era só uma: acelerar o máximo e sentir o vento no rosto! :) Comecei a descer, passei pela rotatória e tudo ia bem. Tão bem que lembro-me de abrir os braços e começar a cantar. Pois é, abrindo os braços, em alta velocidade e sem segurar o guidon. Já deve ter imaginado o resultado: um enorme tombo! :( O que me fez cair foi a imprudência, desatenção e um pequeno buraco que, ao passar por ele, fui jogado para fora do banco da bicicleta e caí no asfalto que estava quente em função do dia de sol. Rolei por muitos metros. Não me lembro se estava de camisa ou não. Sei que meu peito, após parar de rolar, estava todo sujo de sangue e poeira. A metade direita do meu tronco (peito e barriga) estava sem pele.

Meu amigo foi onde acontecia a gincana. Eles tinham um ambulância de prontidão. Fui levado a uma farmácia. A dor era intensa e piorava quando batia sol nos machucados. Chegando à farmácia, o farmacêutico fez um curativo, cobrindo todas as feridas com gase, após limpá-las. Em seguida fui levado para casa.

Já estava descansando, quase dormindo, quando minha mãe chegou. Estava aflita com as notícias que tinha recebido. Notícia ruim, em cidade pequena, corre muito rápido :). Na mesma hora me levou para o hospital, mesmo eu dizendo que já estava bem e que não precisava ir. Após chegarmos lá, durante a consulta, foi dito o seguinte: como eram feridas originadas de ralação, teriam que ficar descobertas. Se doeu na hora da queda, ao tirar a gase, que já estava 'colada' ao meu corpo, senti uma dor muito pior do que a anterior (após a queda). Sofri até que a última gase foi retirada. :(

Até hoje tenho cicatrizes desta queda, mas não me fez temer andar de bike em alta velocidade! :)

Pedalei!
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Pedalando na Infância

Minhas primeiras lembranças de pedalo são de uma motoquinha (triciclo) que ganhei quando tinha de 2 para 3 anos (eu acho).

Logo depois, veio a bicicletinha artesanal, que era adequada para uma criança de 3 para 4 anos. Lembro-me de andar com ela no terraço e no quintal da minha casa, na minha cidade natal, Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais.

Mas a bike que me abriu 'as portas da cidade' foi mesmo a Berlineta (Caloi). Com ela eu passeava por toda a cidade, brincava de pega-pega, participava de desfile de 7 de setembro, desligava padrão de luz de casas, fazia competição de 'arrancadas' e muito mais.

Deste período, tenho duas histórias que gostaria de compartilhar, sendo que a segunda eu não gostaria de tê-la vivido, mas, infelizmente, foi um acontecimento que me marcou, fisicamente, por toda minha vida.

Era final de ano. As festas natalinas já haviam acontecido. Faltava uns poucos dias para o final do ano. Acho que tinha uns 8 anos e uma vontade imensa de tomar 'champagne', principalmente porque os adultos nunca deixavam e parecia ser tão deliciosa! Juntei com um amigo e traçamos um plano. Compraríamos uma garrafa de 'Sidra', junto com algumas outras coisas num supermercado e, de bicicleta, iríamos para um ponto bem distante, no início de uma estrada, distante cerca de 5 km do supermercado, para tomar este líquido precioso :). Enquanto meu amigo vigiava nossas bikes, fui comprar a Sidra e umas mercadorias, para despistar. Apesar de achar que não conseguiria comprar a bebida, felizmente não tive problema. Pronto primeira parte completada.

Colocamos a bebida na mochila que levávamos, juntamente com dois copos. Montamos nas bikes e pedalamos o mais rápido possível. Nossos corações disparados, com receio de sermos pegos. Depois de pouco mais de 15 min, chegamos ao ponto desejado. Em breve teríamos a 'champagne' somente para nós dois. Abrimos a garrafa e, com todo aquele movimento e devido ao fato dela estar quente, mais da metade do líquido virou espuma e foi para o chão! :( Não chegou a sobrar um copo cheio para cada um. Mesmo assim, foi uma delícia! Mais pelo objetivo conquistado do que pelo gosto, que, como estava quente, não estava tão bom assim ! :)

A outra fica para depois!
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Minhas Bikes

Caloi Berlineta
Minhas lembranças mais antigas incluem minhas pedaladas, dentro de casa, na minha motoquinha. Devia ter uns 2 para 3 anos, quando ganhei ela. Não demorou muito para ganhar minha primeira bicicleta: acho que foi feita por um conhecido do meu pai, que fabricava bicicletas artesanais. Tinha rodinhas no início, as quais foram retiradas em pouco tempo, quando peguei equilíbrio.

CaloiCross Extra Light
A próxima bike acho que foi herdada de algum irmão: uma Caloi Berlineta, como esta da imagem acima/à esquerda. Passeava por toda minha cidade. Aprontava todas com ela :). Com o dinheiro da venda e mais um tantão de $$$ :), foi comprada a próxima bike: uma CaloiCross. Foi com ela que dei meus primeiros passos no mundo do bicicross. Era muito boa, até que chegou uma melhor: Caloicross Extra Light (essa da foto ao lado). Como o próprio nome dizia, era bem mais leve. Com ela comecei a competir no bicicross, participando de campeonatos. Gostava muito desta bike, até passar para uma melhor: Caloicross Free Style Light (ganhou até nome: Stribike; relativo a bike "estribada", que significa muito melhor do que ótima :).

Caloi Free Style Light
Com a Stribike (foto ao lado) minha performance no bicicross melhorou muito. Apesar de um pouco mais pesada que a anterior, possuía uma relação de coroa/pedivela que era desejada por vários colegas do bicicross. Mesmo depois de deixar de competir, a utilizei por vários anos, também como meio de transporte. Pode-se dizer que foi com ela que iniciei o pedalo para o colégio/faculdade e, posteriormente, para o serviço. Como desde a pré-adolescência fui alto, minha mãe dizia que parecia um homem (já tinha mais de 18 anos) montado numa cabrita, quando eu saía pedalando com esta bike. :)


Também cheguei a pedalar uma Barra Circular da Monark, herdada do meu irmão mais velho, até que tive a minha primeira mountain bike 'genérica': 18 marchas, sem amortecedor e nenhum acessório. Foi com ela que iniciei minhas primeiras trilhas. Estava servindo 'pro gasto', até o dia que decidi participar de uma prova de Iron Biker. Peguei emprestada uma bike do meu primo: KHS Mountain. Após a prova, fiz uma proposta a ele e acabei comprando-a. É a bicicleta que mais pedalei até hoje. Foram muitas trilhas, treinamentos, passeios e, agora, meio de transporte. Tem alguns acessórios, mas, por falta de cuidado, os amortecedores pararam de funcionar. Há pouco tempo tive que trocar a corrente e as catracas traseiras: muito uso :).

bike Ventania
Em 2010 uma nova aquisição: meu irmão me deu uma bike de competição: uma Scot mais conhecida como Ventania. Normalmente a utilizo para competir e para alguns passeios. É uma excelente bike, com grupamentos ótimos e bem leve. Minha performance com ela é bem melhor!

Bem, essas foram minhas bikes (as duas últimas ainda continuam sendo). Se quiser ver as fotos de bikes semelhantes as que eu falei acima, acesse o link abaixo:

Minhas Bikes

Pedalei !
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Manual do Ciclista

Antes da primeira memória, segue um bônus: o Manual do Ciclista

Este manual é bem interessante. Além das leis, dos direitos e deveres relacionados aos ciclistas, tem dicas de manutenção da bike, dicas para ciclistas, como utilizar as vias, sinais dos ciclistas e muito mais.

Vale à pena! Livro para se ter à mão e estar sempre lendo e recordando os ensinamentos... Tá bom, tá bom, talvez nem tanto :)

Manual do Ciclista - IPUF

Pedalei !
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Memórias de um Biker - Livro Online

O objetivo deste blog é fazer um registro de minhas memórias relativas às pedaladas que já fiz em várias regiões do Brasil: sudeste, norte e sul.

Publicarei relatos desde a infância até os dias atuais.

Pedalei!
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