sábado, 21 de julho de 2012

Floripa: Visão Global do Cenário Ciclístico

Floripa, também chamada de Ilha da Magia, admirada por seus moradores, turistas e até por aqueles que a sonham em conhecer, foi eleita neste ano de 2012, a Capital Brasileira em atividade física. Uma em cada quatro pessoas que moram na cidade, de acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, faz algum tipo de exercício. E, dentro destes que se exercitam, uma boa parte é constituída de ciclistas, bicicleteiros, bikers e afins, amantes das magrelas de duas rodas que tem aumentado a cada dia que passa, principalmente em função dos benefícios proporcionados pelo ato de pedalar.
Podemos dividir em algumas categorias a forma como utilizamos as bicicletas e, em todas elas, tenho observado um crescente número de participantes:


  • Meio de Transporte
    Quando a bicicleta é usada para os deslocamentos diários, seja para ir para o trabalho, para se fazer compras, entregar encomendas (carteiros e bikerboys), entre outros usos. Inicialmente utilizada por pessoas que simplesmente desejavam diminuir os custos com transporte e também o tempo nos deslocamentos (se comparado com o deslocamento à pé), hoje em dia várias pessoas já optaram por usar a bicicleta como meio de transporte em função dos benefícios pessoais, ecológicos e de mobilidade.

  • Lazer 
  • Provavelmente a modalidade que tem mais crescido. Vários grupos tem sido formados, onde pessoas (de várias classes sociais, profissões, religiões, idades, níveis de preparos físicos) se juntam para pedalar à noite e/ou nos fins de semana. Geralmente os pedais são divididos em iniciantes, médios e fortes, para todos poderem pedalar, de acordo com sua capacidade física. Aos finais de semana, invadem as estradas e trilhas onde as belas paisagens colaboram para as pedaladas.


  • Esporte 
  • Existem muitos atletas que estão sempre pedalando, normalmente pela SC-401 e SC-404, treinando para as competições de estrada. Na época do IronMan, uma competição internacional de grande prestígio, podemos perceber o aumento do número destes ciclistas. Uma das modalidades que mais possuem competidores é a de Mountain Bike e Floripa, bem como sua região metropolitana, propicia diversos lugares para se treinar, entre trilhas, estradas de terra e asfalto, agradando aos iniciantes como também aos atletas mais técnicos.


  • Cicloturismo 
  • Uma variação da categoria lazer, onde os ciclistas usam a bike para conhecer lugares. Floripa, por ter tantas belezas, poderia investir em estrutura (ciclovia, bicicletários, aluguel de bikes) para que esta categoria aumentasse consideravelmente, trazendo benefícios para a cidade: mais turistas, mais gastos, aumento no número de hóspedes e divulgação mundial e positiva da cidade.

Uma pessoa pode pertencer a uma ou mais destas categorias e desfrutar de tudo de bom que a atividade de pedalar oferece.

E você? Já faz parte de alguma destas categorias?

Se não faz, lembre-se que pode-se pedalar com qualquer idade, sendo de qualquer nível social e ainda terá muitos benefícios,pois Pedalar é Saudável!


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sexta-feira, 20 de julho de 2012

BH - Conquista diferente


Em uma tarde quente de inverno belorizontina, por volta de 1994, estava chegando de carro, em casa, após participar de uma reunião (estava de terno e gravata!), quando vi uma garota, ao lado da garagem da minha casa, sentada no meio fio, com uma bike ao lado, olhando, com um 'olhar perdido', na direção de alguns vizinhos que lavavam carro.

Ao descer para abrir o portão, perguntei se precisava de alguma ajuda, se estava tudo bem. Ela me respondeu que estava tudo bem com ela, mas que estava perdida, pois tinha saído para ir ao apartamento de uma tia que morava perto de um colégio e já estava cansada de tanto procurar, por isso estava ali descansando um pouco. Falei que o colégio estava um pouco distante e que seria complicado explicar como ela chegaria no mesmo. Também disse que, se ela aguardasse um pouco, poderia acompanhá-la, de bike, até o local. A gata aceitou prontamente! :) Dez minutos depois saímos pedalando.

Pedalamos por uns 15 minutos até chegarmos ao colégio. Procuramos pela região e, pouco depois, encontramos o edifício onde sua tia morava, mas não tinha ninguém por lá. Decidimos aguardar um pouco. Como seus parentes não chegavam, resolvi levá-la até a casa de minha tia que estava bem próxima. Também estava vazia.

Já estava frio quando resolvemos aguardar um pouco. Como ela estava de top e bermuda e eu de camiseta e bermuda, começamos a nos abraçar para nos aquecermos. Daí para uns beijinhos foi um pulo! :) Após um tempo convidei-a para uma pizza. Estávamos com muita fome.

Depois do lanche, pedalamos até a casa da tia dela e, desta vez, seus parentes já estavam lá. Nos despedimos e voltei pedalando para casa, feliz com esta conquista diferente, usando bike ao invés de carro! :) Depois deste dia, nos encontramos outras vezes, mas esta foi a primeira e última vez que pedalamos juntos.

Pedalei e Conquistei!
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BH - Trilha entre familiares


Numa tarde de sábado de inverno, eu, dois irmãos e um primo resolvemos trilhar perto do Clubinho, nosso local predileto para fazer trilha. Era a primeira vez que conseguíamos reunir mais de dois familiares para trilhar.

Saímos de nossa casa com sol brilhando, mas a temperatura estava amena. Chegamos ao Clubinho e começamos nossa aventura. Ao invés de pedalarmos por lugares conhecidos, procuramos outros caminhos. Estava muito legal. Trilhas interessantes e até córrego d'água atravessamos.

Nós já tínhamos pedalado por um bom tempo, quando o pneu da bike do meu irmão mais velho furou. Ainda bem que ele tinha câmara reserva e conseguiu arrumá-lo. Devíamos estar no meio do percurso, quando o mesmo pneu furou novamente. Desta vez, não tínhamos outra câmara reserva. Resultado, ele teve que começar a empurrar a bike dele.

O dia já estava escurecendo, quando começamos a retornar. O frio já se fazia presente e, mesmo empurrando a bike, meu irmão conseguia acompanhar nosso ritmo.

Já estava escuro quando chegamos a um barzinho, ainda no Clubinho, onde conseguimos ligar para nosso pai e solicitar que ele nos resgatasse.

Ficamos no aguardo, quase congelando, pois aquele era um dos pontos mais gélidos da região. Cerca de 40 min depois, nosso resgate, para felicidade geral :), chegou! Arrumamos as bikes dentro da 'perua' e partimos.

No final das contas foi uma ótima trilha em família e curtimos bastante! :)
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sábado, 14 de julho de 2012

BH - Iron Biker - Vídeos

Seguem os vídeos referentes aos anos que participei do Iron Biker

Iron Biker 1999




Iron Biker 2000




Iron Biker 2001



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BH - Iron Biker - Parte Final



Para mim, a terceira e última participação, foi a que teve o trajeto mais legal e foi a que mais gostei de participar.

A largada do primeiro dia estava marcada para um local próximo à Lagoa dos Ingleses (Alphaville), distante uns 15 km da minha casa. Tinha chovido bastante no dia anterior e, no sábado pela manhã, a chuva caía forte. Mesmo assim, decidi ir, de carro, para o local da largada, na esperança da chuva terminar. Dito e feito. Cheguei ao local e fiquei sabendo que tinham atrasado a largada em cerca de uma hora, em função da chuva que tinha acabado a uns 15 min. Para minha sorte, resolvi passar protetor solar, pois, cerca de uma hora depois, abriu um sol forte que ficou mais forte durante o passar das horas. Quem não se protegeu, se queimou, muito!

Começamos por trilhas que já conhecia, mas, poucos quilômetros depois, o percurso entrou em um propriedade particular, onde barravam os não inscritos (a 'turma da pipoca'). E desta vez, não tinha um caminho alternativo que eu conhecesse. Procurei, junto com outros 'barrados na trilha', um local para voltarmos ao percurso. Tivemos que andar por matos, atravessar brejo (carregando a bike) e ainda aguardar a saída de um vigia que ficava ao lado de um trevo, verificando se somente os inscritos passavam. Esta 'aventura' deve ter levado quase uma hora.

Quando consegui voltar ao percurso, quase uma hora depois, estava na turma do 'fundão'. Com pouco tempo de pedalo, encontrei uma placa de inscrição no chão. Não pensei duas vezes. Parei e a peguei. Não a coloquei no guidon, mas cheguei a utilizá-la para obter água, durante a pedalada, quando parei em pontos de apoio que só davam água para inscritos. Realmente não foi uma atitude muito correta da minha parte, mas, com uma sede insuportável e sol idem, pensei na minha sobrevivência! :)

Pouco após achar a placa, comecei a acompanhar uma biker que estava pouco à minha frente. Fomos pedalando num bom ritmo e tentei animá-la, quando o cansaço batia. Pedalamos juntos até o final do percurso feminino/infantil (cerca de uns 45 km) que ficava uns 32 km antes do final.


Neste dia, passamos por locais muito legais: um visual lindíssimo num alto de uma serra, seguido por uma descida em uma trilha de pedras feita por escravos; por trilhas que acompanhavam os trilhos de um trem (neste trecho, não tinha como fazer ultrapassagens, obrigando a todos irem num mesmo ritmo), por pontes e um túnel para trens. O túnel, por ser muito escuro, foi iluminado de uma forma bem divertida: abóboras, como as do dia das bruxas, com vela dentro. Todos curtiram muito!


Além destes lugares descritos acima, o percurso deste primeiro dia também teve tudo que um bom Mountain Biker gosta: trilhas, estradões, passagens por riachos, lama, lindas paisagens, grama, ...

Neste dia cheguei bem, ao final da prova, não tanto extenuado como das outras vezes. A organização oferecia um transporte, em caminhão, para uma cidade próxima (cerca de 15 km), onde as equipes de apoio aguardavam o retorno dos competidores.

Como estava sozinho, tive que descolar uma carona. Acabei conseguindo voltar num ônibus que trazia vários competidores. Minha bike e eu fomos na parte da frente, na cabine do motorista, junto com outros bikers. Viajei sentado nos degraus da porta do ônibus. O espaço era bem pequeno e acabei tendo câimbras, mas foi uma carona muito bem vinda, pois não teria como voltar sem esta ajuda!

Bem, estas foram as histórias, relativas às minhas participações no Iron Biker, que mais me marcaram. Quem tiver oportunidade de participar, posso dizer que vale muito à pena e que certamente, para os amantes do MTB, é uma das melhores provas existentes.

O site oficial do evento é: http://www.ironbiker.com.br/


Resumo das Participações


IB 1999
    Data: 16 e 17 out 
    Participantes: 800
    Distância: 115 Km
Roteiro: Honório Bicalho – Belo Horizonte
Desafios: Sol muito forte, clima seco e o excesso de poeira.

IB 2000
Data: 21 e 22 de out
Participantes: 854
Distância: 128 Km

Roteiro: Belo Horizonte – Itabirito ( 76 Km )
Desafios: Pela primeira vez a largada aconteceu em Belo Horizonte , no BH Shopping. Muita poeira no 1º dia

IB 2001
    Data: 20 e 21 de out
    Participantes: 870
    Distância: 139 Km
Roteiro: Minas Náutico/Alphaville – Tripuí ( 77 Km )
Desafios: Largada no Minas Náutico – Alphaville. Até 40 minutos antes da largada chovia torrencialmente.
A chuva parou completamente, mas as trilhas ficaram muito escorregadias e com muita lama.


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BH - Iron Biker - Parte 2

Além da minha primeira participação em uma prova do Iron Biker, lembro-me de duas outras que participei (apenas um dia em cada uma) e uma tentativa de apoio ao meu irmão que acabou em um acidente.

Na segunda participação, a largada foi próxima ao Clubinho (local que eu já conhecia e as trilhas próximas também). Como na participação anterior, não tinha feito a inscrição, só que, desta vez, estava sem um companheiro de prova, no meio de centenas de bikers. A largada foi tranquila e, como tinha muitos ciclistas, a velocidade era baixa. Aos poucos o pessoal foi se ajeitando e cada um pedalando no seu ritmo. Após uns 3km a organização desviou o percurso, de tal modo que teríamos que passar por dentro de uma propriedade particular. E, neste momento, somente quem tinha a placa de inscrição era liberado para passar. Achei que seria o fim de prova para mim. Mas, junto com mais alguns outros que estavam na mesma situação que a minha, procuramos e encontramos um caminho alternativo, um pouco mais longo, mas que cruzava com a rota da prova.


Nesta prova pedalamos por mais de 2km por dentro do leito de um rio (a água ficava pouco abaixo da corrente). Muito radical! Passamos por várias trilhas, estradões, trechos com muita pedra, areia, barro... Tinha de tudo! Com o passar das horas, o sol ficava mais forte. Minha água, que tinha levado em duas garrafinhas, já tinha acabado e a organização somente fornecia para os inscritos (justo! até para a turma do 'fundão' dos inscritos já tinha acabado).

Após quase de 5 hrs de prova, vieram as subidas mais fortes e com o sol mais quente. Vi vários ciclistas, por toda a subida, passando mal, vomitando, com câimbras e deitados sobre a sombra, esperando passar um pouco o calor. Fui pedalando e também empurrando a bike, na esperança de conseguir passar por estes 'pesadelos'. Não tinha alternativa: no meio do mato, não teria resgate. Ou finalizava a prova ou chegava até o final! :)

Após 6 hrs e 30 min (aproximadamente), cumpri minha meta, chegando ao final da prova, num posto de combustível. Cheguei vivo e sem machucados! Nem pneu furou (não tinha levado kit de primeiros socorros da bike). Estava muitíssimo cansado, mas extremamente feliz! Duvidava que eu conseguiria chegar, ainda mais sem apoio...

Procurei um orelhão e solicitei o resgate. Meu pai foi me buscar. O resto do dia foi para descansar.

Pedalei!
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BH - Iron Biker - Parte 1

As provas do Iron Biker que disputei são guardadas num local especial entre as minhas memórias. Somente alguém que já tenha disputado uma, sabe o que é pedalar por lugares lindíssimos, se esforçando ao máximo, passando por dificuldades e chegando extenuado, mas como uma sensação de vitória, mesmo tendo chegado várias horas após a turma da elite.

Participei de várias provas do Iron Biker, mas sempre na 'turma da pipoca' (junto com o pessoal que não pagava, por achar muito caro, mas que queria conhecer novas trilhas). Às vezes tínhamos que buscar caminhos alternativos, pois o caminho passava por dentro de propriedades particulares onde somente quem tivesse a placa com o número da inscrição podia passar. Hoje eu não faria deste jeito, mas, na época, era uma dose a mais de emoção! :)

Geralmente a prova consiste em dois dias: um deles saindo de Ouro Preto até um determinado local (cidade, posto, fazenda...) e deste local até Belo Horizonte. Ou o inverso, saindo de BH, parando num local intermediário e deste local até Ouro Preto no dia seguinte.

Para minha primeira participação, entrei em contato com um primo que tinha uma MTB apropriada para trilhar e consegui que ele me emprestasse a bike para participar da prova. Nesta prova eu participei junto com meu irmão mais velho, somente no segundo dia de prova. Saímos de uma cidade próxima a Belo Horizonte, com o objetivo de chegar em BH. Foram cerca de 45 km de trilhas, estradões, passando por rio e, no trecho final, uma subida muito forte, a subida do Clubinho, com cerca de 2 km de extensão.

Meu irmão tinha muito mais experiência e preparo. Eu tentava acompanhá-lo, mas, várias vezes, ele tinha que ficar me aguardando. Fiquei maravilhado com toda a prova. Além da natureza exuberante, o clima da prova e tantos bikers todos com o mesmo objetivo: vencer as adversidades e chegar ao fim.

À medida que pedalava, a distância da linha de chegada diminuía e ficava mais próximo do meu objetivo. É claro que o cansaço, o sol, o barro, as pedras, os buracos contribuíam para esta conquista ficar mais difícil.

Após uns 40 km, a parte das trilhas tinha acabado. Somente paralelepípedos e asfalto pela frente. E locais por onde eu já tinha pedalado. O único mais complicado era a subida do Clubinho. Incentivado pelo meu irmão, fui pedalando e vencendo, aos poucos, este obstáculo. Já no final da subida, senti uma sensação de câimbra tomando conta da batata da perna esquerda. No intuito de não deixar a câimbra me atrapalhar, resolvi descer para empurrar a bike. Neste momento, tive câimbras nas duas pernas e me deitei no meio da pista, num asfalto quente. Meu irmão veio me perguntar o que estava acontecendo. Falei que era câimbra nas duas pernas. Começou a esticar minha pernas para ver se a dor passava. Passou um motoqueiro da organização perguntando se era algo grave e se precisava de ajuda. Meu irmão explicou que estava tranquilo e o motoqueiro se foi.

Fiquei por uns 5 min até a dor passar. A partir daí, terminei a subida e depois foi apenas pedalar um pouco para atravessar a linha de chegada. Mesmo com as câimbras, achei tudo excelente! Foi uma participação inesquecível!

Segue um vídeo que mostra um pouquinho, através de imagens de várias provas, do que é o Iron Biker!

Pedalei!


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