sábado, 21 de julho de 2012

Floripa: Visão Global do Cenário Ciclístico

Floripa, também chamada de Ilha da Magia, admirada por seus moradores, turistas e até por aqueles que a sonham em conhecer, foi eleita neste ano de 2012, a Capital Brasileira em atividade física. Uma em cada quatro pessoas que moram na cidade, de acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, faz algum tipo de exercício. E, dentro destes que se exercitam, uma boa parte é constituída de ciclistas, bicicleteiros, bikers e afins, amantes das magrelas de duas rodas que tem aumentado a cada dia que passa, principalmente em função dos benefícios proporcionados pelo ato de pedalar.
Podemos dividir em algumas categorias a forma como utilizamos as bicicletas e, em todas elas, tenho observado um crescente número de participantes:


  • Meio de Transporte
    Quando a bicicleta é usada para os deslocamentos diários, seja para ir para o trabalho, para se fazer compras, entregar encomendas (carteiros e bikerboys), entre outros usos. Inicialmente utilizada por pessoas que simplesmente desejavam diminuir os custos com transporte e também o tempo nos deslocamentos (se comparado com o deslocamento à pé), hoje em dia várias pessoas já optaram por usar a bicicleta como meio de transporte em função dos benefícios pessoais, ecológicos e de mobilidade.

  • Lazer 
  • Provavelmente a modalidade que tem mais crescido. Vários grupos tem sido formados, onde pessoas (de várias classes sociais, profissões, religiões, idades, níveis de preparos físicos) se juntam para pedalar à noite e/ou nos fins de semana. Geralmente os pedais são divididos em iniciantes, médios e fortes, para todos poderem pedalar, de acordo com sua capacidade física. Aos finais de semana, invadem as estradas e trilhas onde as belas paisagens colaboram para as pedaladas.


  • Esporte 
  • Existem muitos atletas que estão sempre pedalando, normalmente pela SC-401 e SC-404, treinando para as competições de estrada. Na época do IronMan, uma competição internacional de grande prestígio, podemos perceber o aumento do número destes ciclistas. Uma das modalidades que mais possuem competidores é a de Mountain Bike e Floripa, bem como sua região metropolitana, propicia diversos lugares para se treinar, entre trilhas, estradas de terra e asfalto, agradando aos iniciantes como também aos atletas mais técnicos.


  • Cicloturismo 
  • Uma variação da categoria lazer, onde os ciclistas usam a bike para conhecer lugares. Floripa, por ter tantas belezas, poderia investir em estrutura (ciclovia, bicicletários, aluguel de bikes) para que esta categoria aumentasse consideravelmente, trazendo benefícios para a cidade: mais turistas, mais gastos, aumento no número de hóspedes e divulgação mundial e positiva da cidade.

Uma pessoa pode pertencer a uma ou mais destas categorias e desfrutar de tudo de bom que a atividade de pedalar oferece.

E você? Já faz parte de alguma destas categorias?

Se não faz, lembre-se que pode-se pedalar com qualquer idade, sendo de qualquer nível social e ainda terá muitos benefícios,pois Pedalar é Saudável!


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sexta-feira, 20 de julho de 2012

BH - Conquista diferente


Em uma tarde quente de inverno belorizontina, por volta de 1994, estava chegando de carro, em casa, após participar de uma reunião (estava de terno e gravata!), quando vi uma garota, ao lado da garagem da minha casa, sentada no meio fio, com uma bike ao lado, olhando, com um 'olhar perdido', na direção de alguns vizinhos que lavavam carro.

Ao descer para abrir o portão, perguntei se precisava de alguma ajuda, se estava tudo bem. Ela me respondeu que estava tudo bem com ela, mas que estava perdida, pois tinha saído para ir ao apartamento de uma tia que morava perto de um colégio e já estava cansada de tanto procurar, por isso estava ali descansando um pouco. Falei que o colégio estava um pouco distante e que seria complicado explicar como ela chegaria no mesmo. Também disse que, se ela aguardasse um pouco, poderia acompanhá-la, de bike, até o local. A gata aceitou prontamente! :) Dez minutos depois saímos pedalando.

Pedalamos por uns 15 minutos até chegarmos ao colégio. Procuramos pela região e, pouco depois, encontramos o edifício onde sua tia morava, mas não tinha ninguém por lá. Decidimos aguardar um pouco. Como seus parentes não chegavam, resolvi levá-la até a casa de minha tia que estava bem próxima. Também estava vazia.

Já estava frio quando resolvemos aguardar um pouco. Como ela estava de top e bermuda e eu de camiseta e bermuda, começamos a nos abraçar para nos aquecermos. Daí para uns beijinhos foi um pulo! :) Após um tempo convidei-a para uma pizza. Estávamos com muita fome.

Depois do lanche, pedalamos até a casa da tia dela e, desta vez, seus parentes já estavam lá. Nos despedimos e voltei pedalando para casa, feliz com esta conquista diferente, usando bike ao invés de carro! :) Depois deste dia, nos encontramos outras vezes, mas esta foi a primeira e última vez que pedalamos juntos.

Pedalei e Conquistei!
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BH - Trilha entre familiares


Numa tarde de sábado de inverno, eu, dois irmãos e um primo resolvemos trilhar perto do Clubinho, nosso local predileto para fazer trilha. Era a primeira vez que conseguíamos reunir mais de dois familiares para trilhar.

Saímos de nossa casa com sol brilhando, mas a temperatura estava amena. Chegamos ao Clubinho e começamos nossa aventura. Ao invés de pedalarmos por lugares conhecidos, procuramos outros caminhos. Estava muito legal. Trilhas interessantes e até córrego d'água atravessamos.

Nós já tínhamos pedalado por um bom tempo, quando o pneu da bike do meu irmão mais velho furou. Ainda bem que ele tinha câmara reserva e conseguiu arrumá-lo. Devíamos estar no meio do percurso, quando o mesmo pneu furou novamente. Desta vez, não tínhamos outra câmara reserva. Resultado, ele teve que começar a empurrar a bike dele.

O dia já estava escurecendo, quando começamos a retornar. O frio já se fazia presente e, mesmo empurrando a bike, meu irmão conseguia acompanhar nosso ritmo.

Já estava escuro quando chegamos a um barzinho, ainda no Clubinho, onde conseguimos ligar para nosso pai e solicitar que ele nos resgatasse.

Ficamos no aguardo, quase congelando, pois aquele era um dos pontos mais gélidos da região. Cerca de 40 min depois, nosso resgate, para felicidade geral :), chegou! Arrumamos as bikes dentro da 'perua' e partimos.

No final das contas foi uma ótima trilha em família e curtimos bastante! :)
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sábado, 14 de julho de 2012

BH - Iron Biker - Vídeos

Seguem os vídeos referentes aos anos que participei do Iron Biker

Iron Biker 1999




Iron Biker 2000




Iron Biker 2001



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BH - Iron Biker - Parte Final



Para mim, a terceira e última participação, foi a que teve o trajeto mais legal e foi a que mais gostei de participar.

A largada do primeiro dia estava marcada para um local próximo à Lagoa dos Ingleses (Alphaville), distante uns 15 km da minha casa. Tinha chovido bastante no dia anterior e, no sábado pela manhã, a chuva caía forte. Mesmo assim, decidi ir, de carro, para o local da largada, na esperança da chuva terminar. Dito e feito. Cheguei ao local e fiquei sabendo que tinham atrasado a largada em cerca de uma hora, em função da chuva que tinha acabado a uns 15 min. Para minha sorte, resolvi passar protetor solar, pois, cerca de uma hora depois, abriu um sol forte que ficou mais forte durante o passar das horas. Quem não se protegeu, se queimou, muito!

Começamos por trilhas que já conhecia, mas, poucos quilômetros depois, o percurso entrou em um propriedade particular, onde barravam os não inscritos (a 'turma da pipoca'). E desta vez, não tinha um caminho alternativo que eu conhecesse. Procurei, junto com outros 'barrados na trilha', um local para voltarmos ao percurso. Tivemos que andar por matos, atravessar brejo (carregando a bike) e ainda aguardar a saída de um vigia que ficava ao lado de um trevo, verificando se somente os inscritos passavam. Esta 'aventura' deve ter levado quase uma hora.

Quando consegui voltar ao percurso, quase uma hora depois, estava na turma do 'fundão'. Com pouco tempo de pedalo, encontrei uma placa de inscrição no chão. Não pensei duas vezes. Parei e a peguei. Não a coloquei no guidon, mas cheguei a utilizá-la para obter água, durante a pedalada, quando parei em pontos de apoio que só davam água para inscritos. Realmente não foi uma atitude muito correta da minha parte, mas, com uma sede insuportável e sol idem, pensei na minha sobrevivência! :)

Pouco após achar a placa, comecei a acompanhar uma biker que estava pouco à minha frente. Fomos pedalando num bom ritmo e tentei animá-la, quando o cansaço batia. Pedalamos juntos até o final do percurso feminino/infantil (cerca de uns 45 km) que ficava uns 32 km antes do final.


Neste dia, passamos por locais muito legais: um visual lindíssimo num alto de uma serra, seguido por uma descida em uma trilha de pedras feita por escravos; por trilhas que acompanhavam os trilhos de um trem (neste trecho, não tinha como fazer ultrapassagens, obrigando a todos irem num mesmo ritmo), por pontes e um túnel para trens. O túnel, por ser muito escuro, foi iluminado de uma forma bem divertida: abóboras, como as do dia das bruxas, com vela dentro. Todos curtiram muito!


Além destes lugares descritos acima, o percurso deste primeiro dia também teve tudo que um bom Mountain Biker gosta: trilhas, estradões, passagens por riachos, lama, lindas paisagens, grama, ...

Neste dia cheguei bem, ao final da prova, não tanto extenuado como das outras vezes. A organização oferecia um transporte, em caminhão, para uma cidade próxima (cerca de 15 km), onde as equipes de apoio aguardavam o retorno dos competidores.

Como estava sozinho, tive que descolar uma carona. Acabei conseguindo voltar num ônibus que trazia vários competidores. Minha bike e eu fomos na parte da frente, na cabine do motorista, junto com outros bikers. Viajei sentado nos degraus da porta do ônibus. O espaço era bem pequeno e acabei tendo câimbras, mas foi uma carona muito bem vinda, pois não teria como voltar sem esta ajuda!

Bem, estas foram as histórias, relativas às minhas participações no Iron Biker, que mais me marcaram. Quem tiver oportunidade de participar, posso dizer que vale muito à pena e que certamente, para os amantes do MTB, é uma das melhores provas existentes.

O site oficial do evento é: http://www.ironbiker.com.br/


Resumo das Participações


IB 1999
    Data: 16 e 17 out 
    Participantes: 800
    Distância: 115 Km
Roteiro: Honório Bicalho – Belo Horizonte
Desafios: Sol muito forte, clima seco e o excesso de poeira.

IB 2000
Data: 21 e 22 de out
Participantes: 854
Distância: 128 Km

Roteiro: Belo Horizonte – Itabirito ( 76 Km )
Desafios: Pela primeira vez a largada aconteceu em Belo Horizonte , no BH Shopping. Muita poeira no 1º dia

IB 2001
    Data: 20 e 21 de out
    Participantes: 870
    Distância: 139 Km
Roteiro: Minas Náutico/Alphaville – Tripuí ( 77 Km )
Desafios: Largada no Minas Náutico – Alphaville. Até 40 minutos antes da largada chovia torrencialmente.
A chuva parou completamente, mas as trilhas ficaram muito escorregadias e com muita lama.


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BH - Iron Biker - Parte 2

Além da minha primeira participação em uma prova do Iron Biker, lembro-me de duas outras que participei (apenas um dia em cada uma) e uma tentativa de apoio ao meu irmão que acabou em um acidente.

Na segunda participação, a largada foi próxima ao Clubinho (local que eu já conhecia e as trilhas próximas também). Como na participação anterior, não tinha feito a inscrição, só que, desta vez, estava sem um companheiro de prova, no meio de centenas de bikers. A largada foi tranquila e, como tinha muitos ciclistas, a velocidade era baixa. Aos poucos o pessoal foi se ajeitando e cada um pedalando no seu ritmo. Após uns 3km a organização desviou o percurso, de tal modo que teríamos que passar por dentro de uma propriedade particular. E, neste momento, somente quem tinha a placa de inscrição era liberado para passar. Achei que seria o fim de prova para mim. Mas, junto com mais alguns outros que estavam na mesma situação que a minha, procuramos e encontramos um caminho alternativo, um pouco mais longo, mas que cruzava com a rota da prova.


Nesta prova pedalamos por mais de 2km por dentro do leito de um rio (a água ficava pouco abaixo da corrente). Muito radical! Passamos por várias trilhas, estradões, trechos com muita pedra, areia, barro... Tinha de tudo! Com o passar das horas, o sol ficava mais forte. Minha água, que tinha levado em duas garrafinhas, já tinha acabado e a organização somente fornecia para os inscritos (justo! até para a turma do 'fundão' dos inscritos já tinha acabado).

Após quase de 5 hrs de prova, vieram as subidas mais fortes e com o sol mais quente. Vi vários ciclistas, por toda a subida, passando mal, vomitando, com câimbras e deitados sobre a sombra, esperando passar um pouco o calor. Fui pedalando e também empurrando a bike, na esperança de conseguir passar por estes 'pesadelos'. Não tinha alternativa: no meio do mato, não teria resgate. Ou finalizava a prova ou chegava até o final! :)

Após 6 hrs e 30 min (aproximadamente), cumpri minha meta, chegando ao final da prova, num posto de combustível. Cheguei vivo e sem machucados! Nem pneu furou (não tinha levado kit de primeiros socorros da bike). Estava muitíssimo cansado, mas extremamente feliz! Duvidava que eu conseguiria chegar, ainda mais sem apoio...

Procurei um orelhão e solicitei o resgate. Meu pai foi me buscar. O resto do dia foi para descansar.

Pedalei!
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BH - Iron Biker - Parte 1

As provas do Iron Biker que disputei são guardadas num local especial entre as minhas memórias. Somente alguém que já tenha disputado uma, sabe o que é pedalar por lugares lindíssimos, se esforçando ao máximo, passando por dificuldades e chegando extenuado, mas como uma sensação de vitória, mesmo tendo chegado várias horas após a turma da elite.

Participei de várias provas do Iron Biker, mas sempre na 'turma da pipoca' (junto com o pessoal que não pagava, por achar muito caro, mas que queria conhecer novas trilhas). Às vezes tínhamos que buscar caminhos alternativos, pois o caminho passava por dentro de propriedades particulares onde somente quem tivesse a placa com o número da inscrição podia passar. Hoje eu não faria deste jeito, mas, na época, era uma dose a mais de emoção! :)

Geralmente a prova consiste em dois dias: um deles saindo de Ouro Preto até um determinado local (cidade, posto, fazenda...) e deste local até Belo Horizonte. Ou o inverso, saindo de BH, parando num local intermediário e deste local até Ouro Preto no dia seguinte.

Para minha primeira participação, entrei em contato com um primo que tinha uma MTB apropriada para trilhar e consegui que ele me emprestasse a bike para participar da prova. Nesta prova eu participei junto com meu irmão mais velho, somente no segundo dia de prova. Saímos de uma cidade próxima a Belo Horizonte, com o objetivo de chegar em BH. Foram cerca de 45 km de trilhas, estradões, passando por rio e, no trecho final, uma subida muito forte, a subida do Clubinho, com cerca de 2 km de extensão.

Meu irmão tinha muito mais experiência e preparo. Eu tentava acompanhá-lo, mas, várias vezes, ele tinha que ficar me aguardando. Fiquei maravilhado com toda a prova. Além da natureza exuberante, o clima da prova e tantos bikers todos com o mesmo objetivo: vencer as adversidades e chegar ao fim.

À medida que pedalava, a distância da linha de chegada diminuía e ficava mais próximo do meu objetivo. É claro que o cansaço, o sol, o barro, as pedras, os buracos contribuíam para esta conquista ficar mais difícil.

Após uns 40 km, a parte das trilhas tinha acabado. Somente paralelepípedos e asfalto pela frente. E locais por onde eu já tinha pedalado. O único mais complicado era a subida do Clubinho. Incentivado pelo meu irmão, fui pedalando e vencendo, aos poucos, este obstáculo. Já no final da subida, senti uma sensação de câimbra tomando conta da batata da perna esquerda. No intuito de não deixar a câimbra me atrapalhar, resolvi descer para empurrar a bike. Neste momento, tive câimbras nas duas pernas e me deitei no meio da pista, num asfalto quente. Meu irmão veio me perguntar o que estava acontecendo. Falei que era câimbra nas duas pernas. Começou a esticar minha pernas para ver se a dor passava. Passou um motoqueiro da organização perguntando se era algo grave e se precisava de ajuda. Meu irmão explicou que estava tranquilo e o motoqueiro se foi.

Fiquei por uns 5 min até a dor passar. A partir daí, terminei a subida e depois foi apenas pedalar um pouco para atravessar a linha de chegada. Mesmo com as câimbras, achei tudo excelente! Foi uma participação inesquecível!

Segue um vídeo que mostra um pouquinho, através de imagens de várias provas, do que é o Iron Biker!

Pedalei!


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terça-feira, 12 de junho de 2012

BH - Trilhas: o Batismo

Meu irmão mais velho foi quem me apresentou, de fato, a uma verdadeira trilha.

Saímos da casa dos meus pais no início da tarde. A minha bike ainda era uma MTB genérica. Para minha segurança, estava usando um capacete e um par de luvas. Fomos pedalando até chegarmos ao início da trilha, que ficava próximo a um local chamado Clubinho e bem distante do nosso ponto de partida.

No início da trilha subimos bastante. Depois a trilha passava a ser uma subida suave e, logo em seguida, com trechos em descida e também com subidas. O visual era lindíssimo. Fizemos uma parada para lanchar e curtir a paisagem.


Ainda trilhamos um pouco mais e começamos a pegar o caminho para sair da trilha. No meio da última descida da trilha, passei por um buraco e perdi o equilíbrio, aterrissando no chão e detonando as luvas. Tirando uns raladinhos, nada demais aconteceu comigo. Foi meu Batismo numa trilha!

A partir desta trilha, comecei um paixão com esta modalidade tão boa e prazerosa de se curtir a natureza sobre rodas!

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BH - Roubo e Assédio

Voltando a escrever sobre casos ocorridos quando morava em BH, vou falar sobre dois que me fizeram passar aperto: um de roubo e outro de assédio.

Em frente ao CEFET-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais), existe um ponto de ônibus que comporta a parada simultânea de quatro ônibus. Estava conversando com um colega, enquanto eu ia pedalando lentamente a minha bike e ele ia a pé, quando chegamos no ponto de ônibus. Logo em seguida, quatro ônibus pararam e os passageiros começaram a descer, bem como os que se encontravam no ponto começaram a subir.


O ponto de ônibus estava muito tumultuado e, neste momento, de um dos ônibus, desceram uns 10 pivetes (três crianças e 7 maiores). Os pequenos começaram a 'limpar' a galera, enquanto os grandes davam cobertura. Tentei sair dalí, mas estava fechado pelos ônibus e pedestres. Infelizmente, aconteceu o inevitável: um pivete pequeno veio em minha direção e me roubou. Roubou meu relógio, destes de trocar pulseiras, que era moda na época. Preferi não reagir, pois tinha dois pivetões logo atrás dele e antes o relógio do que a bike! :)

O assédio aconteceu devido a um imprevisto: o pneu da bike furou, quando voltava do laboratório de informática e que ficava bem longe da minha casa. Sem ter uma câmara sobressalente e um kit de ferramentas, além de não ter um posto muito próximo para consertar o pneu, comecei a empurrar a bike.


Tinha andado cerca de uns 30 min e ainda faltava cerca de uns 40 min para chegar em casa quando, passando em frente a uma oficina mecânica, empurrando a bike, o mecânico disse que tinha uma bike que estava parada, mas com o pneu dianteiro em boas condições e perguntou se eu não queria trocar pelo que estava furado. Achei uma boa idéia e aceitei. O detalhe foi que, durante a troca dos pneus, dentro da oficina, o camarada começou com uns papos estranhos, me mostrando calendário com mulher pelada e me pedindo para 'mostrar o meu' :) Fingi que não estava entendendo, acelerei a troca e saí o mais rápido que pude, dizendo que voltaria para desfazer a troca dos pneus.

No dia seguinte, quando fui destrocar os pneus, para minha sorte, ele estava ocupado atendendo um cliente, cujo carro estava na rua, em frente à oficina. Entrei, troquei os pneus rapidamente e saí. Agradeci pelo pneu e fui embora.

Graças a Deus nada de mais ocorreu!

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BH - Bike como Meio de Transporte

Pouco tempo após ingressar no CEFET-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais), nossa família se mudou de Betim para Belo Horizonte (BH).

Se antes utilizava a bike para competir e um pouco como meio de transporte, passei a usá-la quase que exclusivamente da segunda forma, até descobrir as trilhas! :)

Utilizava a bicicleta para ir pedalando para o serviço, para a casa de amigos, para o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva), para o CEFET, fazer compras, ir a clubes... Enfim "mil e uma utilidades". :)

No início usava muito a bicicleta de bicicross, depois uma Barraforte Circular vermelha e uma Mountain Bike genérica, até comprar a minha bike KHS, estrela atual das minhas pedaladas! Muitas vezes, em virtude do trânsito que naquela época, anos 90, já era complicado, conseguia chegar nos lugares desejados mais rápido do que se fosse de carro e muito mais rápido do que de ônibus.

Pode-se dizer que meu 'batismo nas trilhas' aconteceu quando já morava em BH, o que relatarei posteriormente, junto com algumas aventuras ao lado de meus irmãos e primo e um grupo que cheguei a conhecer e até hoje acompanho, de longe, suas atividades: Bike-BH.

Aos poucos contarei várias histórias deste período que morei em BH.

Pedalei!

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sábado, 12 de maio de 2012

Bicicross - Capítulo Final

Após a última etapa, me veio à mente as lembranças da Etapa de Contagem, onde, à pedido de um competidor e da mãe dele, fomos à comissão organizadora solicitar a alteração no resultado da etapa, pois, na verdade, minha posição correta era a quarta colocação e a do competidor a terceira. Devido a um erro de anotação, eles tinham invertido nossas posições.

Para completar, eu fiquei em sétimo lugar geral e somente os 6 primeiros colocados iriam para a disputa do Campeonato Brasileiro, que ocorreria em dezembro no Rio Grande do Sul. Ah! Uma pedalada para quem adivinhar quem ficou na sexta colocação? :) Pois, se pensaram no competidor da etapa de Contagem, vocês acertaram.

Bem, se soubesse que aquela alteração de posição iria acarretar nesta perda de oportunidade para disputar o campeonato brasileiro, certamente eu... teria tomado a mesma atitude daquele dia: iria solicitar a troca, pois era o correto a ser feito.

Como recompensa, além da satisfação de ter corrigido um erro, pude intensificar meus estudos para a prova de admissão do curso de Informática Industrial do CEFET-MG, o que me fez ser aprovado e realizado um sonho meu. Se tivesse classificado para a disputa do brasileiro de bicicross, certamente não teria estudado o necessário para poder passar nesta prova.

Após a última prova do mineiro de bicicross, parei de competir, principalmente porque os estudos não me deixavam tempo para treinamentos.

Foi uma fase muito boa da minha vida. Conheci muita gente legal, várias cidades, ganhei competições. Enfim, valeu à pena!

Ah! Nesta foto ao lado eu sou o biker mais à esquerda e os outros dois são meus irmãos. Estes eram nossos uniformes e bikes!

Pedalei!
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Bicicross - Etapa Final

Equipe Albatroz na Pista do Mineirinho
Foto: Wilson Brandão
A última etapa do campeonato mineiro ocorreu na pista do Mineirinho, em Belo Horizonte. Pista muito técnica e boa para se correr.

Estava em sétimo no campeonato e teria que marcar pelo menos 3 pontos para ficar em sexto. Para 'melhorar' minha situação, nas baterias de classificação para a final, fiquei junto com o líder do campeonato e o vice-líder, meu colega de equipe, conhecido como Chocolate. Teria que superar um dos dois para ir à final e conseguir marcar pontos.

Na primeira das três baterias que disputaríamos, ao disputar a primeira curva, fui fechado por um competidor e tive que abrir a trajetória o que acabou jogando para fora da pista o líder e outro concorrente. Comecei a pedalar forte, pois estava em segundo e, se conseguisse chegar em primeiro, certamente iria me classificar. Neste momento, o Chocolate, que estava em primeiro, diminuiu o ritmo, me mandou ultrapassá-lo e ficou falando para que eu acelerasse e pedalasse mais forte, para chegarmos nas duas primeiras colocações. Conseguimos! Eu em primeiro, ele em segundo e o líder em quarto.

Não prezado leitor, o Chocolate não estava fazendo jogo de equipe ou mesmo me retribuindo algum favor. Era simplesmente estratégia. Para ser campeão, ele precisava, no mínimo, ficar em segundo nesta última etapa, desde que o líder não marcasse ponto. Se nós dois classificássemos, metade do trabalho estaria pronto, com o líder ficando de fora da final.

Ao final da terceira bateria, nosso objetivo tinha sido conquistado. Nos classificamos. Entretanto, o líder não tinha percebido nossa estratégia, pois achava que ele tinha se classificado e eu tinha ficado de fora. Ao contar-lhe o resultado da primeira bateria, que ele acreditava ter sido vencida pelo Chocolate, ele compreendeu tudo e 'a ficha caiu'. Mudou instantaneamente de um semblante feliz para uma cara de choro e disparou a chorar. Me afastei dele e comecei a rir da cena ocorrida. Me sentia vingado pela estória que ele tinha inventado sobre mim na etapa de Ipatinga. Relatei o ocorrido para meu colega. Ele também riu, pois seu plano estava dando certo e tinha chances reais de ser campeão.

Nas baterias finais, o líder ficou próximo à pista, sentado e chorando. Nem observava as corridas.

Apesar de termos nos esforçado ao máximo, não conseguimos atingir nossos objetivos finais. Eu conquistei somente 2 pontos e o Chocolate não conseguiu uma boa colocação, ficando como vice campeão. Ao saber que tinha sido o campeão mineiro, o líder abriu um sorriso iluminado e estampou no seu rosto aquele ditado: "Quem ri por último, ri melhor!"

Pedalei!
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Bicicross - Tombos Espetaculares

Se tem um ensinamento que um competidor de bicicross deve aprender é como saber cair. Neste esporte, os tombos são inevitáveis: um aterrisagem de um pulo de rampa mal feita, um competidor que lhe empurra, uma curva mais fechada do que o previsto, alguém caindo bem a sua frente... Motivos não faltam para que você venha tomar um tombo!

Era raro não cair pelo menos uma vez por semana. Como treinava quase que diariamente, tombos eram normais. Pelo menos nunca tomei um muito sério que viesse a me fraturar, mas sempre tinha machucados de ralamentos e também uns hematomas! :)

Em dia de competição, os tombos também participavam! :) Vi muitos, mas me lembro muito bem de duas situações inusitadas, ocorridas na mesma pista. Uma eu participei, outra aconteceu com um colega de equipe.


Na situação com meu colega, ocorreu o seguinte: tinham dois bikers disputando a primeira posição, quando, na penúltima rampa, anterior à última curva, um deles caiu. Meu colega que vinha na terceira posição, passou pela rampa e se deparou com o biker caído. Numa atitude de puro reflexo de um atleta bem treinado, conseguiu evitar o choque, puxando a bicicleta e fazendo com que ele passasse acima do ciclista caído. Acabou perdendo posições, pois não teve como fazer a curva adequadamente, mas todos que presenciaram a cena o aplaudiram.

No meu caso, foi diferente. Larguei junto com mais 4 ciclistas para a disputa de uma bateria de classificação. Estava à direita de todos. Ao passar pela primeira rampa, acabei errando, me desequilibrando e caindo para a esquerda. Pronto, após este tombo, chegarei em último, pensei na mesma hora em que me levantava. Só que, para minha surpresa, ao cair para o lado esquerdo, acabei gerando um "dominó lateral", fazendo com que todos caíssem. Peguei o mais rapidamente minha bike e tive que desentortar o guidon, alinhando-o com a roda. Dois dos atletas já tinham aberto vantagem, mas ainda consegui chegar na frente dos outros dois que estavam na bateria. Infelizmente acabei não conseguindo a classificação para a final, mas valeu o esforço para chegar em terceiro! :)


Pedalei!
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Bicicross - Etapa Ipatinga

A viagem para Ipatinga tinha sido bem legal. Foi a maior distância que percorremos para disputar uma prova do Campeonato Mineiro.

A equipe conseguiu ficar num lugar muito bonito, na Área de preservação ambiental da Usipa: tinha um ginásio poliesportivo, um mini-zoológico em volta e alojamentos simples mas muito funcionais, trilhas, piscinas e muitas outras coisas interessantes.

Após nos acomodarmos, fomos procurar um restaurante para almoçarmos, pois já passava de 13 hrs. Sem muitas opções, acabamos almoçando num lugar bem simples, mas que servia um PF (prato feito) excelente. Talvez a fome tenha feito ele ficar mais gostoso ainda.

O próximo local visitado foi a pista (ver foto ao lado, infelizmente também abandonada atualmente). Era uma pista com dois traçados: para as categorias de idades mais baixas, era um traçado mais simples, com uma extensão menor. Para as categorias de bikers mais experientes, a pista era longa e com rampas em descidas, fazendo com que o salto ficasse perigoso e com uma subida bem forte na parte final.

Minha categoria corria pela pista mais simples. Não me aventurei a pular nas rampas existentes na descida, pois fiquei com receio de cair ou mesmo estragar a bike e não poder participar no outro dia.

No domingo, durante a prova, lembro-me de estar conversando com um competidor da minha categoria, que inclusive era o líder do campeonato, e comentei com ele sobre a rixa que tinha com um outro competidor, da minha equipe. Tínhamos até quase brigado uma certa vez, tendo sido separados por outros da equipe. Cheguei a comentar com ele: "Estou torcendo para o Rodrigo (o rival da minha equipe) não se classificar para a final. Quem sabe ele não cai e fica de fora?"

Acabei indo para a final e o Rodrigo também. Não fomos bem na disputa, mas não me lembro das nossas posições.

Durante o retorno para BH, percebi que tinha algo estranho. Meu rival começou a falar comigo em tom agressivo e outros colegas me olhavam com raiva. Não estava entendendo nada, até que um deles me questionou, dizendo se eu achava certo pedir para outro competidor derrubar um colega de equipe. Aí que fui entender: o biker que conversou comigo, foi falar para o meu rival que eu tinha pedido para que o derrubasse durante a prova, para que ele não se classificasse.

Falei que era mentira e que não tinha pedido nada para ele. Como já tínhamos uma rixa e outros da equipe sabiam disso, preferiram acreditar no outro cara, infelizmente.

Depois deste acontecimento, fiquei marcado negativamente na equipe, fator que contribuiu para desistir de continuar a competir no ano seguinte.

Pedalei!
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Bicicross - Uniforme da Albatroz

Desde que comecei a treinar com a equipe Albatroz que falavam sobre a camisa de mangas longas que seria feita e distribuída para os integrantes da equipe. Teria direito à camisa aqueles que treinavam e participavam das competições. Eu fazia as duas coisas, portanto, com certeza, ganharia a camisa.

Depois de alguns meses, as camisas ficaram prontas e decidiram que seriam entregues numa prova que ocorreria no domingo seguinte. Esta prova (que não era uma competição de bicicross) seria disputada entre estradões de terra e trilhas, com largada em Pará de Minas e chegada em Betim.

Ainda não tinha pedalado uma distância tão grande quanto esta. Comecei a ficar com vários receios: e se a bike estragasse? E se o pneu furasse? E se eu caísse e me machucasse? E se chovesse, tendo muita lama? Como faria para chegar se alguma destas coisas ocorressem? A distância era bem grande...

Continuava em dúvida, até que acordei cedo (por volta das 6 da manhã) no domingo e estava chovendo muito forte. Certamente adiariam a prova. Voltei a dormir. Lá pelas 10 hrs, acordei novamente e vi que o sol brilhava. Será que a prova tinha acontecido?

Biker marcado com a seta vestindo a camisa da Albatroz
Foto: Wilson Brandão
Sim, a disputa, mesmo com chuva, ocorreu. Fiquei sabendo no outro dia, durante o treinamento da equipe. Também fiquei sabendo de outros detalhes: além de levar a equipe, um destes caminhões menores foi disponibilizado para recolher a turma que se machucava ou que a bike estragava. Quem foi disse que tinha sido excelente! Uma das melhores competições que já tinham participado. Também foram distribuídas as camisas para o pessoal da equipe e, pelo que fiquei sabendo, para outras pessoas e ciclistas, que não treinavam, mas eram conhecidos do treinador.

Resumo da história: perdi a prova, perdi a camisa, pois todas foram entregues e acabei ficando decepcionado comigo (por ter sido vencido pelos receios) e, principalmente, com o treinador, que não teve a mínima consideração com aqueles que eram da equipe e não foram naquela disputa. Certamente tínhamos mais direito do que seus amigos.

Desta vez, Não Pedalei! :)
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Bicicross - Etapa Contagem

A etapa de Contagem está entre as etapas que mais me recordo, durante a disputa do Campeonato Mineiro.

A pista (veja foto ao lado), localizada no Parque Fernão Dias, era muito boa, bem veloz, curvas fechadas e uma rampa que possibilitava pularmos muuuuito alto. Por esses fatores, ela exigia bastante técnica do biker. Pena que, pelo que pude apurar, está abandonada.

No dia da etapa do campeonato estava chovendo muito. Talvez esta condição foi a causa de ter menos competidores do que o de costume. Não tanto para a minha categoria, que estava quase completa :(.

Diferente da maioria das pistas, esta permitia 8 atletas competir ao mesmo tempo. Entretanto, na final, somente 6 recebiam pontuação.

Já estava preparado, tendo inclusive feito aquecimento, quando aguardava minha vez de competir na bateria classificatória. Minha bike estava encostada num mourão, enquanto tentava obter informações e ver como estava a pista. Num dado momento, verifiquei que minha bicicleta tinha caído. A princípio, fiquei bravo e fui levantar a bike. Quando a levantei, percebi que o que tinha feito ela cair foi uma peça quebrada. Esta peça se localizava dentro do cubo central e ligava um pedivela ao outro. Era uma peça nova, pois eu a tinha instalado há pouco mais de uma semana. Ainda bem que quebrou antes da prova. Se isto tivesse acontecido durante uma corrida, no mínimo, me machucaria muito.

Infelizmente não daria para consertar minha bike a tempo de competir. Procurei outros integrantes da equipe e acabei conseguindo uma bike emprestada, de um colega de outra categoria mais abaixo (ele era mais novo), que não teria que disputar a fase classificatória, pois não tinha 8 competidores em sua categoria.

Tinha um porém: era um Monark, bem diferente da minha Caloi Extra Light. De qualquer forma, era minha única chance. Não teria tempo nem para fazer um teste, pois já estava quase na hora da minha bateria.

Na largada eu fiquei na turma intermediária, perto dos líderes. Como não estava acostumado com a bike, adotei uma estratégia menos arriscada. A lama acabou me ajudando, pois fazia com que todos reduzissem a velocidade. Terminei bem colocado as três baterias de classificação e consegui ir para a final, o que, em várias etapas, com a minha bike, não consegui :).

Adotei a mesma estratégia (menos velocidade, mais segurança) na final e acabei terminando em quarto. Estava bem feliz, em vista de tudo que tinha acontecido, esta posição era excelente!

Fui assistir a premiação. Nesta etapa, além do troféu, os três primeiros ganhariam um par de pneus. Normalmente faziam a chamada de forma invertida, do terceiro para o primeiro. Fiquei surpreso ao ser anunciado como terceiro colocado. Será que eu tinha calculado errado? Algum atleta tinha sido desclassificado ou perdido alguma posição?

Fui lá receber meu troféu e o par de pneus. Estava mais feliz que os outros dois (primeiro e segundo) premiados.

Saindo da área da premiação, me dirigi ao caminhão da equipe, para me aprontar para a volta. Ainda não acreditava que tinha ficado com a terceira posição. Uns 10 minutos depois, entendi tudo. Apareceu um competidor junto com a sua mãe e me explicaram: tinham anotado incorretamente nossas posições. Numa bateria que cheguei em quinto e ele em terceiro, inverteram nossas posições. Sua mãe pediu que eu me dirigisse, junto com eles, até a direção da prova, para que eu confirmasse o erro e eles corrigissem as posições.

Poderia ter dito que a anotação da ordem de chegada estava correta e que nenhum erro tinha acontecido, mas, no fundo, sabia que deveria fazer o certo e ir corrigir este engano. Ganharia uma pontuação menor no campeonato e perderia, além do troféu, o par de pneus, mas ficaria tranquilo comigo mesmo, sabendo que fiz a coisa certa.

Fomos lá corrigimos a situação. Como prêmio pelo meu gesto, a mãe do competidor me ofereceu o par de pneus, pois seu filho já tinha outros e não precisaria daqueles. Como eu estava precisando, aceitei e agradeci.

Acreditava que este equívoco tinha terminado por alí, mas ele ainda teve consequências que depois contarei...

Pedalei!
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Bicicross - Campeonato Mineiro

O motivo da nossa equipe treinar muito era formar uma equipe forte para disputar o Campeonato Mineiro e, com bons resultados, classificar vários atletas para a disputa do Campeonato Brasileiro que ocorreria no final do ano.

O Campeonato Mineiro seria disputado em várias etapas, em várias cidades: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ipatinga, Sete Lagoas.


O ciclistas eram divididos em categorias, normalmente um ano por divisão: Infantil (A, B, C, D), Juvenil (A, B, C, D) e Master (A, B, C, D). A Master-D englobava os bikers com 18 anos ou mais.


Para algumas categorias, a competição era bem mais acirrada, pois tinha muito atleta disputando, fazendo com que houvesse disputa de eliminatórias para participar da final de cada etapa.


Normalmente as pistas comportavem 6 bikers por vez. Minha categoria, para minha 'sorte', costumava ter uma média superior a 20 atletas por etapa. Ou seja, mais de 3 disputando vaga para a final, onde se conquistava os pontos e, desta forma, a possibilidade de ganhar troféus, medalhas e alguns prêmios.
Em breve postarei relatos de algumas etapas.
Pedalei!
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Bicicross - Treinamentos

Havia dois tipos de treinamentos que eram dados pelo técnico da Equipe Albatroz:
  • Técnico e
  • Físico e de Resistência.
O treinamento Técnico ocorria na própria pista de bicicross. Treinávamos a largada, a primeira parte do circuito e a segunda parte, junto com o sprint final (velocidade máxima para cruzar a linha de chegada). Estes treinos nos permitiam conhecer bem a pista e aprender técnicas para disputar competições. Algumas vezes íamos para outras pistas, em outras cidades para treinarmos, mas isso era mais raro. Nestes treinamentos a maioria da equipe aparecia, pois era o preferido de todos.

O treinamento Físico e de Resistência acontecia, normalmente, no Horto Municipal (foto ao lado; regiões marcadas de amarelo) e nas regiões próximas. Fazíamos uns alongamentos, uma corridinha de aquecimento e saímos para pedalar por ruas próximas, geralmente desertas, com subidas e descidas bem fortes. Às vezes íamos para um local mais longe, com subidas e descidas nem tão íngrimes, mas onde pedalávamos por vários quilômetros, treinando nossa resistência. Nestes treinamentos a maioria da equipe não comparecia, mas ajudavam a fazer uma boa diferença para aqueles que participavam deles.

Bem, certamente estes treinamentos nos faziam ter um diferencial entre os outros competidores, pois nossa equipe sempre teve bons resultados e vários campeões!

Pedalei!
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Bicicross - Início

Pode-se dizer que a paixão pelo bicicross começou quando ganhei a Caloicross. Procurava rampas para pular, terrenos para construir pistas, fazia acrobacias com a bike e curtia muito tudo isso.

Quando construíram uma pista no centro de Betim, comecei a frequentá-la. Mas a bike era muito pesada e não tinha como competir com outros garotos da mesma idade.


Pista de Bicicross em Betim
Com a chegada da Caloicross Extra Light, tudo mudou. Passei a treinar na pista e, às vezes, levava meu mano de carona e treinávamos juntos. Ficava imaginando que um dia seria entrevistado por um jornalista, após ganhar um campeonato, e contaria como tudo tinha começado... Bem, nunca ganhei este tão sonhado campeonato, mas, pelo menos, estou contando para mais pessoas, através do blog :).

Fiquei sabendo que a Prefeitura tinha criado e estava patrocinando uma equipe de bicicross, a Equipe Albatroz de Competição, e que eles estavam abertos à inscrição de mais atletas. Lembro-me de ter participado de uma reunião e, logo em seguida, começamos (eu e meus dois irmãos mais novos) a treinar com os outros garotos e rapazes. Nossos pais até compraram roupas especiais para a prática do bicicross. Pouco tempo depois já competíamos.

Esta foi uma fase bem legal da minha vida de biker. Aos poucos, vou contando algumas histórias deste período.


Pedalei!


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sábado, 5 de maio de 2012

Pedalando na Adolescência - Betim - Segundo Aviso

Outro caminho para o centro
Um outro jeito de ir para o centro era através de um descida (veja foto ao lado) moderadamente íngrime no início e mais forte no seu final, onde o término era numa avenida com quatro pistas (duas para cada mão de direção). Esta avenida era e continua sendo uma das saídas da cidade, na época, a preferida de caminhões para entrarem na BR-262 em direção a Belo Horizonte. Também trafegavam motos, carros e caminhões por ela. A mão de direção quando eu cruzava a avenida era uma subida forte, por outro lado, a mão de direção que eu entrava era uma descida bem inclinada.

Tinha um semáforo na esquina entre a rua que descia e a avenida. Normalmente, tentava calcular o tempo para poder passar com ele verde (pedalando mais forte ou freiando um pouco). Era muito bom quando chegava embalado no final rua, com o sinal verde, e deitava a bike para fazer a curva e pegar a avenida.

Entretanto, não era raro este sinal estragar. Nessas ocasiões, a preferência era de quem trafegava na avenida. Bem, para não perder o embalo e passar para a outra pista, costumava chegar no final da rua e me concentrava para tentar escutar o barulho de algum veículo vindo pela avenida. Quando escutava, freiava imediatamente.

Ainda não tinha passado por nenhum susto, até o dia em que descia bem embalado, com o corpo abaixado sobre a bike para diminuir a resistência do ar e obter mais velocidade. O sinal estava estragado e eu tentava escutar algum sinal de veículo aproximando. Se não escutasse, atravessaria a avenida naquele embalo. Não sei se me distraí ou se, empolgado com a velocidade, não prestei a atenção devida. O certo é que, segundos antes de atravessar, tive a sensação de ter escutado uma ordem: Freie!!! Nem pensei. Foi imediato o ato de freiar. Tive que fazer um cavalo de pau para conseguir parar, ficando no sentido oposto da minha descida, quando um caminhão passou pela avenida. Certamente não estaria aqui fazendo este relato, se não tivesse freiado. Fiquei ali parado por alguns segundos, tentando entender o que aconteceu.

Deste dia em diante, mudei meu comportamento ante a cruzamentos sem sinalização e sem semáforo. Até mesmo quando o sinal está aberto, mas estou cortando uma avenida movimentada, evito passar à toda velocidade, com receio de algum veículo furar o sinal vermelho e me atropelar.

Bem, foi este meu segundo aviso. E, por sinal, bem eficiente!

Pedalei! :)
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Pedalando na Adolescência - Betim - Dois Avisos

Usava muito a bike como meio de transporte: ir para o colégio, casa de amigos, fazer compras, enfim, um meio barato e prático para me locomover.

Nessa época, gostava muito de pegar carona em ônibus, caminhões e caminhonetes. Às vezes segurava com a mão, outras com o pé. Era muito arriscado, mas também muito emocionante e ajudava a economizar esforços :). O local mais perigoso e emocionante era no final de uma subida, na BR-381 e que virava uma reta quase plana, passando por um viaduto. Os caminhões atingiam fácil os 80 km/h no final deste trecho. E, quando eu pegava carona, também! :) Graças a Deus nunca aconteceu nada!

Posso dizer que tive dois avisos, sendo que o segundo me fez de fato mudar minha forma de dirigir (pilotar?) a bike.

Caminho para o centro
A rua que passava em frente minha casa, na direção de quem ia para o centro, era uma descida que começava suave e ficava bem forte no final. Normalmente, quando ia nesta direção, ao final da rua, virava à direita e depois à esquerda, inclinando a bike, como os pilotos de motos de corrida e, geralmente, sem freiar! Detalhe: neste trecho que eu passava após o final da minha rua, era uma outra rua de asfalto, por onde regularmente passavam carros.

Numa tarde, ao chegar ao final da rua, embalado, deitei o corpo para fazer a curva à direita e vi um carro que estava vindo na outra rua em sentido contrário. Quando ele me viu, para minha sorte, estava em baixa velocidade e parou o carro. Eu não tinha muito o que fazer. A colisão era inevitável e certamente iria "atropelar" o carro. Voltei a bike para a posição vertical, fiquei em pé e me lembro de colidir com carro. Em seguida, lembro-me de estar sentado e chegando ao meu lado o motorista do veículo. Não sei como foi que caí. Acho que dei uma pirueta antes de chegar ao chão e cair sentado.

O motorista me perguntou se estava tudo bem, se tinha me machucado ou mesmo fraturado alguma parte. Minha canela doía bastante e sangrava um pouco, mas nada insuportável. Falei que estava tudo bem e agradeci pela preocupação e por ter parado o veículo. Ele, preocupado, decidiu que me levaria em casa. Colocou minha bike no porta malas e fomos embora.

Ao chegar na minha casa, contou o ocorrido para minha mãe e se prontificou para poder ajudar, caso fosse necessário. Graças a Deus nada de grave aconteceu. Ah! A única coisa que sofreu danos foi a placa dianteira do carro, onde provavelmente o pedal da bike bateu.

Este foi o primeiro aviso, mas não o suficiente para mudar meu jeito de pedalar. Exceto na descida de casa, que comecei a freiar no final dela, depois disto.

O outro aviso deixo para uma próxima postagem.

Pedalei!
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Pedalando na Adolescência - Betim - Fuga e Nova Bike

 Não me lembro muito bem das circunstâncias, somente me recordo que, por algum motivo, num dia que tive vontade de fugir de casa (acho que quase todo adolescente já teve este tipo de pensamento pelo menos umas cem vezes :), peguei uma mochila, coloquei algumas roupas, escova de dente, pasta dental, algumas frutas, um pouco de dinheiro e água. Peguei a bike e decidi pedalar sem rumo.

Era início de noite e, sem idéia de onde poderiar ir, acabei me dirigindo a um fliperama. Fiquei lá assistindo o pessoal jogar e pensando para onde iria. Num dado momento, um rapaz me perguntou se a bike azul parada na frente do fliperama era minha. Ela estava bem limpa e com os raios brilhando em virtude de uma 'geral' que tinha dado nela dias antes. Confirmei e perguntei o motivo do questionamento. Ele gostaria de comprá-la e questionou-me o preço. Na hora eu falei um preço que seria quase dois terços de uma nova, pois não queria vendê-la. Só que ele gostou do preço e me perguntou quando poderíamos fechar negócio ! :)
Caloicross FreeStyle Light

Acabei desistindo de fugir e voltei para casa. Na minha cabeça a dúvida: se vender a bike, não terei como comprar uma nova. Mas o preço estava tão bom e eu já estava de olho em uma outra melhor... Conversei com meu pai, no dia seguinte, e ele disse que me ajudava a comprar a nova. Pronto! Entrei em contato com o comprador e fechamos o negócio. No outro dia, com a grana da venda e do PAItrocínio :), comprei a minha nova: Caloicross FreeStyle Light. Foi um upgrade significativo na minha carreira de bicicross!

Esta história da fuga (que não aconteceu) eu não tinha revelado para ninguém, até hoje! :)

Pedalei!

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Pedalando na Adolescência - Betim - Grupos 4

O relato de hoje é sobre uma aventura que terminou, literalmente, nos ares e, também, em muita 'falação na orelha' :)

Estava no início de uma tarde de sábado, quando meu irmão caçula, junto com dois amigos, me chamaram para ir com eles até a barragem da Várzea das Flores (foto ao lado), local bem distante da nossa casa. A idéia deles era ir até lá pedalando e aproveitar para nadar no lago formado pela barragem. Como eles eram mais novos, com idades entre 11 e 12 anos, na época eu tinha 15, resolvi ir, pela aventura e para tomar conta deles.

A tarde estava ensolarada e começamos a pedalar em direção à barragem. A idéia de 'matar' o calor nadando em uma água fria era como se fosse um prêmio! Quando estávamos perto, o tempo mudou e começou a ventar, ficando nublado em seguida. Depois de cerca de uma hora e meia nós chegamos.

Começamos a pedalar ao redor da lagoa, na intenção de encontrarmos um bom lugar para nos refrescarmos. Acabamos encontrando um local onde havia um bom número de pessoas e resolvemos descansar e observar o local.

Havia uma pista onde um ultraleve decolava e aterrisava num intervalo de uns 20 min. Próximo do final da pista, tinha uma fila com uns 4 meninos. Fui conversar e descobri que era fila para andar no ultraleve. O piloto não cobrava nada. Era só esperar a vez. Não pensei duas vezes. Falei para meu irmão e seu amigos não se afastarem do local, pois eu iria esperar minha oportunidade para voar de ultraleve. Tinha 3 na minha frente. Então teria que esperar cerca de uma hora. Só que um acabou desistindo e cerca de meia hora depois tinha chegado minha vez.

Cumprimentei o piloto, coloquei o capacete, sentei e travei o cinto de segurança. O ultraleve começou a taxiar pela pista, se preparando para decolar. Eu tinha deixado minha bike com meu irmão e o procurava com o olhar, enquanto a aeronave começa a adquirir velocidade. Nesse momento, vi um cachorrinho pinscher idêntico ao nosso. Era quase não impossível não ser ele. Continuei a olhar e vi meu outro irmão mais novo que não tinha vindo com a gente. No momento em que vi minha mãe, o ultraleve decolou e ganhamos o céu. :) Devemos ter sobrevoado a lagoa numa altura de uns 100 m e durante uns 15 min. A paisagem era fantástica. O vento no rosto uma delícia. Foi inesquecível.

Aterrisamos sem nenhum tipo de problema. Ao sair do ultraleve e ir em direção minha mãe, já comecei a escutá-la falando sobre irresponsabilidade, falta de segurança, perigo de vida e tudo do gênero. Colocamos as bikes no carro (uma belina verde) e viemos embora. Mais falação! Mesmo assim, valeu a pena e faria tudo novamente, se fosse possível! :)

Pedalei!
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